Sicoob Aracoop fortalece piscicultura com linhas de crédito e regularização ambiental
Contexto e desafios
Fundado em 1999, o Sicoob Aracoop sempre focou em promover a inclusão financeira e o desenvolvimento local. Ao longo de 26 anos de história, a cooperativa expandiu sua atuação por Minas Gerais, Pará e Amapá, tornando-se a maior cooperativa de crédito de livre admissão de MG, com mais de 90 mil associados.
Foi esse compromisso com as comunidades que levou a cooperativa a olhar com atenção para Morada Nova de Minas. O município carrega o título de maior polo de produção de tilápias em tanques-rede do Brasil. No entanto, por trás dos números expressivos, a atividade enfrentava desafios críticos que ameaçavam seu futuro.
A maioria dos piscicultores atuava na informalidade, sem o devido licenciamento ambiental, gerando um cenário de insegurança jurídica e limitando o acesso a mercados mais exigentes. A falta de regularização impedia os produtores de obterem crédito em instituições financeiras tradicionais.
Essa realidade criou um ciclo vicioso de baixa capacidade de investimento, tecnologia defasada e produtividade estagnada. Além disso, a ausência de uma governança estruturada e qualificada comprometia a competitividade e o potencial de crescimento de toda a cadeia produtiva.
Objetivos
Para lidar com a informalidade e a falta de crédito, o Sicoob Aracoop desenhou um projeto com objetivos claros para a piscicultura local. O objetivo central da iniciativa foi promover o desenvolvimento sustentável da atividade, transformando Morada Nova de Minas em um modelo de produção responsável e próspera.
Para isso, a iniciativa se baseou em três ações: facilitar o acesso ao crédito com linhas específicas; oferecer suporte técnico para a regularização ambiental; e investir na qualificação e na organização dos produtores para fortalecer a governança de todo o setor.
Desenvolvimento
A primeira ação foi realizar um diagnóstico aprofundado para entender as reais necessidades dos mais de 400 piscicultores da região. Esse mapeamento foi feito em colaboração com a Prefeitura Municipal, a EMATER-MG e o Instituto Mineiro de Agropecuária, IMA, garantindo uma visão completa da cadeia produtiva.
A cooperativa contou com o apoio do Sebrae, para gestão e desenvolvimento, e a Associação dos Piscicultores, APISC, para mobilizar os produtores. Com as informações levantadas, o Sicoob Aracoop estruturou linhas de crédito adequadas à realidade da piscicultura, permitindo que os cooperados investissem em tecnologia, tanques, ração e infraestrutura.
Para resolver a falta de licenciamento ambiental, a cooperativa firmou uma parceria com a Regullarize. A consultoria especializada prestou suporte técnico individualizado aos produtores, orientando-os em todas as etapas do processo para adequar as operações à legislação e obter as licenças necessárias.
Paralelamente, a iniciativa focou na capacitação dos piscicultores. Foram organizados workshops, palestras e dias de campo com especialistas, que abordaram temas como boas práticas de manejo, gestão financeira, sustentabilidade e novas tecnologias de produção.
Por fim, para diferenciar o produto no mercado, o projeto apoiou a criação do Selo Peixe Legal, uma certificação que atesta a origem sustentável da produção, agregando valor à tilápia de Morada Nova de Minas e abrindo portas para mercados mais exigentes.
Resultados e impacto
A iniciativa gerou resultados concretos para a piscicultura de Morada Nova de Minas. Em dois anos, o Sicoob Aracoop liberou mais de R$ 32 milhões em crédito para mais de 200 produtores, que investiram na modernização de seus negócios.
Além disso, mais de 100 propriedades foram regularizadas ambientalmente. Com acesso a recursos e conhecimento, os piscicultores registraram aumento na produtividade e na qualidade do pescado.
O projeto também fortaleceu o associativismo, o que levou à criação da marca coletiva Tilápia de Morada e à implementação do Selo Peixe Legal, consolidando a reputação do município como referência em produção sustentável.
Você também tem um case ou uma história de sucesso?
Conte-nos sua história
Veja mais
Após identificar a necessidade de reestruturar o gerenciamento de suas iniciativas, a Unimed-BH estabeleceu uma dinâmica de gestão dividida em quatro etapas; e o Escritório Corporativo de Projetos da cooperativa é o responsável por realizar todas essas fases. O projeto começou em 2001 e gerou maior alinhamento das iniciativas de inovação com planejamento estratégico da cooperativa.
O projeto Geração Cooperativa: Fortalecendo o Presente Construindo o Futuro, é uma iniciativa realizada em conjunto com o Sistema Ocemg e com a parceria da Coopcel - Cooperativa de Trabalho Cultural e Educacional da Região de Lajinha, com foco em evidenciar para as novas gerações e para as mulheres, os diferenciais do cooperativismo, promovendo o desenvolvimento sustentável de nossa região. A iniciativa busca contemplar desde as crianças, com o espaço “Cooperando com o amanhã”, passando pelos cooperados, com cursos voltados a utilização de drones na agricultura e pela juventude e mulheres do campo com workshops voltados ao café no espaço “Coffee Coonect”. Ainda, buscando ampliar olhares, é promovido o workshop: A mulher na gestão da propriedade rural, com foco em cooperadas, mulheres, filhas e netas dos cooperados.
Projeto destinado a criar uma ligação com os novos cooperados por meio de um processo de boas-vindas que tem como objetivo principal a experiência positiva do cooperado. Percebe-se que essa ligação inicial, quando bem-feita, traz impactos positivos, pois o cooperado sente-se valorizado e pertencente à cooperativa, gerando assim, fidelização, confiança, satisfação e fortalecimento dos laços, por meio de um processo humanizado com foco no cliente.
Região: Sudeste Categoria: Resíduos Sólidos Ação: Integração da cafeicultura à economia circular, com base no reuso, reciclagem e destinação adequada dos resíduos decorrentes da atividade agrícola. ODSs: 2 - Fome zero e agricultura sustentável 11 - Cidades e comunidades sustentáveis 12 - Consumo e produção responsáveis Resultados: Os resíduos orgânicos gerados na indústria cafeeira da Coopfam são usados pelos produtores cooperados no processo de adubação de suas terras. Materiais recicláveis são coletados e destinados à usina local de reciclagem. Resíduos que não podem ser reutilizados ou apresentam risco de contaminação ao ambiente têm a destinação adequada. Lixo eletrônico é comercializado para empresas especializadas, gerando recursos para outras aplicações ambientais.