Energia para todos
O compromisso do cooperativismo está nas pessoas. E é pensando nas gerações futuras que o nosso modelo de negócios também está empenhado em construir um mundo melhor e mais sustentável para todos. Representante do cooperativismo mineiro, o Sistema Ocemg vem mobilizando as cooperativas para a transição da matriz energética do estado. Baseado nos pilares econômico, ambiental e social, o projeto MinasCoop Energia estimula as cooperativas a construírem suas próprias usinas de energia fotovoltaica, incentivando-as a doarem parte dos quilowatts gerados a entidades filantrópicas da área da saúde. Ao incentivar as cooperativas a adotarem a energia limpa como matriz, a Ocemg quer contribuir tanto para o alcance das metas ambientais do estado de Minas Gerais, quanto para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Afinal, a instalação de usinas fotovoltaicas reduz a emissão de gás carbônico na atmosfera e incentiva a geração de energia limpa e renovável a preços mais acessíveis. Outra meta importante do projeto é incentivar as cooperativas a instalarem suas usinas em terras improdutivas do norte do Estado, gerando emprego e renda a famílias carentes. Quer mais? Após a implantação da usina, o Sistema Ocemg realiza um trabalho de conscientização da importância do uso racional de energia na cooperativa e também na entidade filantrópica apoiada por ela. Atualmente o projeto conta com a participação de 12 cooperativas e a expectativa é chegar a 100 já em 2022.
APOIO À SAÚDE
Além dos pilares econômico (redução de custos e economia de recursos) e ambiental (geração de energia limpa), o projeto MinasCoop também tem um pilar social, voltado para suprir a necessidade energética de entidades filantrópicas do estado. Durante a pandemia, o Sistema Ocemg identificou o elevado custo financeiro das entidades filantrópicas de saúde com o consumo de energia elétrica. Por isso, durante o piloto do projeto, escolheu-se beneficiar essas instituições. Em Belo Horizonte, as cooperativas participantes são incentivadas a doar parte da energia gerada por suas usinas para suprir a demanda de energia da Santa Casa de Misericórdia da capital. Estudos preliminares demonstraram que o gasto mensal da instituição de saúde com as contas de energia gira em torno de R$ 100 mil, o que significará, ao final de 12 meses, uma economia de mais de R$ 1 milhão, que poderão ser investidos em melhorias para o atendimento do público. Até o momento, foram investidos R$ 54,7 milhões no projeto, que conta com a parceria e o apoio do Governo de Minas Gerais, da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais, e da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e de duas cooperativas: a Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) e o Sicoob Credicom — responsáveis pela construção das usinas para autogeração de energia. Os recursos para a construção das usinas são de responsabilidade de cada cooperativa envolvida. Até setembro de 2021, 17 municípios e 4 instituições de saúde estavam participando do MinasCoop. A Ocemg calcula que 8,3 mil pessoas já tenham sido beneficiadas diretamente – entre empregados das cooperativas e pacientes das instituições de saúde.
GANHOS PARA A COMUNIDADE
Como todo projeto cooperativista, o MinasCoop atinge e beneficia uma enorme quantidade de pessoas. É uma relação produtiva para todas as partes, em que todos saem ganhando. A população mineira, por exemplo, terá acesso a entidades filantrópicas de saúde sustentáveis e desfrutam de cidades mais limpas e sustentáveis. Os municípios em que as usinas estão sendo implantadas ganham em geração de emprego e renda e investimentos em infraestrutura. Os cooperados e empregados das cooperativas aprendem a trabalhar a eficiência energética, usando melhor esse recurso. Já as instituições filantrópicas reduzem drasticamente seus gastos com energia, e — com mais dinheiro em caixa — poderão beneficiar ainda mais pessoas.
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Com o apoio financeiro do Sicoob Montecredi, a Fazenda Três Meninas, no Cerrado Mineiro, reverteu um quadro de degradação ambiental. A parceria viabilizou a cafeicultura regenerativa, transformando um solo empobrecido em uma propriedade carbono neutro que sequestra mais de 5 toneladas de CO₂ por hectare, serve de modelo para 4.500 produtores e protege a nascente de um rio que abastece uma cidade de 7 mil habitantes.
Ao observar como entidades sem fins lucrativos com propostas sociais valiosas careciam de apoio, a Sicredi Celeiro MT/RR criou o programa Sicredi na Comunidade, que destina verba para projetos sociais, ambientais, educativos, culturais e esportivos. Entre 2005 e 2016, o programa contemplou 496 projetos.
Objetivo: Promover a viabilidade socioeconômica e ambiental da comunidade por meio da geração de renda e da produção de alimentos em sistemas agroflorestais. Resultados: Renda contínua para os cooperados no curto, médio e longo prazos. Garantia de venda dos produtos produzidos. Aumento da sustentabilidade da produção, já que não há necessidade de desmatamento. Recuperação da biodiversidade, fauna e flora, pelo reflorestamento da região. Melhoria no microclima da região. Fim do uso do fogo nos sistemas produtivos. Geração de emprego e qualificação, pois o sistema agroflorestal necessita de mão de obra especializada nos tratos culturais. Adoção de tecnologia que possibilita acesso a instrumentos econômicos, como o pagamento por serviços ambientais e crédito de carbono. Proximidade com a economia circular, com a busca de eficiência na cadeia produtiva e no aproveitamento de resíduos sólidos e líquidos para a produção de fertilizantes.
A Cooperativa Agrícola Água Santa (Coasa) criou o projeto "Nosso Solo, Nossa Colheita" para combater a degradação do solo. Com assistência técnica contínua aos seus cooperados, a iniciativa incentiva a rotação de culturas e a cobertura vegetal permanente, gerando ganhos econômicos e ambientais, como maior produtividade, menos erosão e maior sequestro de carbono.