Coopatos investe em recuperação de mananciais de água e reuso de efluentes industriais

Contexto e desafios
A Coopatos é uma cooperativa mineira da área de laticínios que atua na maior bacia leiteira da região Sudeste e segunda maior do Brasil. A organização, fundada há mais de 65 anos no município de Patos de Minas, está presente nos estados de Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás.
Para a condução de seus negócios, os recursos hídricos são de fundamental importância e, por isso, a Coopatos investe em iniciativas de preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, como a conservação e recuperação dos mananciais de água, atreladas ao uso consciente desse recurso e ao gerenciamento racional de águas residuárias.
Foi neste contexto que surgiu a oportunidade de revitalizar uma área de 2,57 hectares nas margens do Córrego do Limoeiro, local onde a Coopatos realiza captação de água para abastecimento de sua indústria de laticínios, localizada em Patos de Minas.
Antes do início do projeto, o local encontrava-se totalmente degradado, com vários pontos de solo exposto. As áreas de preservação permanente estavam sendo invadidas e pisoteadas por animais, e pessoas não autorizadas entravam no local e praticavam atos de vandalismo e depredação ambiental.
O projeto da Coopatos promoveu a recuperação da área, reequilibrando o ecossistema local e, consequentemente, protegendo o abastecimento de água pelo córrego. Posteriormente, o projeto foi ampliado para a reutilização do efluente tratado, gerado nas atividades industriais, para irrigação de pastagens.
Desenvolvimento e metodologia
O primeiro passo foi regularizar a área de 2,57 hectares junto aos proprietários de ambas as margens do Córrego do Limoeiro, para que as atividades de preservação e revitalização ambiental fossem iniciadas. O projeto foi implantado em agosto de 2009, intitulado Estação Ecológica Coopatos.
Na fase de implantação foram feitas obras de infraestrutura, como a reforma da casa para moradia do zelador ambiental. Também foi realizado um Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF), por meio de plantio de mudas nativas e monitoramento desses indivíduos, além da contratação de profissional responsável pelo monitoramento e tratos silviculturais da área (zelador ambiental). Entretanto, as atividades de plantio não cessaram ali - elas seguem um cronograma continuado, com no mínimo duas ações de plantio de mudas nativas ao ano.
Em 2017 o projeto foi ampliado, por meio do reuso de efluente industrial tratado para irrigação de uma área de aproximadamente três hectares pertencentes à Coopatos, na qual são alocadas bezerras de cooperados. Diante dessa ampliação, a prática passou a ser denominada Revitalização do Córrego do Limoeiro – Estação Ecológica Coopatos e Projeto Recriar (Reuso de Efluente Tratado).
A preservação e o manejo das áreas de preservação permanente (APP) buscam manter equilibrado o ecossistema local, garantindo que fauna e flora permaneçam protegidas. Como consequência, tal ação garante a regulação do fluxo hídrico do córrego, garantindo água para toda a população circunvizinha. Portanto, são essas ações de plantio de mudas nativas e tratos silviculturais desses indivíduos que mantêm a vida do córrego.
O projeto abrange toda a população urbana e rural do município de Patos de Minas, alocada na microbacia do Córrego do Limoeiro, pertencente à bacia do Rio Paranaíba. Dos cooperados da Coopatos, 275 são beneficiários diretos do projeto e mais de mil são beneficiários indiretos, pois a microbacia do Córrego do Limoeiro possui uma extensão de aproximadamente 11 km, percorridos dentro do perímetro urbano de Patos de Minas.
Dos 460 funcionários da Coopatos, 367 se beneficiam diretamente dessas ações, pois toda a água consumida na indústria (uso industrial e consumo humano) advém de captação no córrego; e em torno de 22 famílias de funcionários residem nas proximidades.
Resultados e aprendizados
Durante todo o projeto, foi realizado o plantio de mais de 2.300 mudas nativas, realizando o povoamento e adensamento de toda a área compreendida pela estação ecológica. As áreas de preservação permanente apresentam excelente adensamento e recuperação, com espécies em estágio médio a avançado de desenvolvimento. Alguns dos resultados positivos registrados pela cooperativa são:
- Grande presença de serrapilheira na região, indicando que a área encontra-se em ótimo estágio de recuperação e garantindo, assim, a ciclagem de nutrientes no ecossistema local.
- Presença de uma diversidade de espécies florestais nativas do cerrado, como Embaúba, Pororoca, Buriti, Palmito Jussara, Aroeira e Tamboril. Isso traz benefícios como a melhoria dos solos devido ao aporte de matéria orgânica e redistribuição de nutrientes.
- Ausência de solo exposto ou de processos erosivos, evidenciando a total cobertura do solo com vegetação nativa.
- Aumento significativo da fauna local, atraída pela diversidade da flora. Atualmente nota-se a presença de aves típicas do cerrado, como anu, garrincha, inhambus, tucanos, além de várias espécies de répteis, mamíferos, anfíbios e insetos.
Já com o Projeto Recriar, por meio do qual a Coopatos reutiliza todo o efluente industrial tratado na irrigação de sua pastagem, a cooperativa deixou de lançar este mesmo efluente no corpo hídrico e parou de realizar a captação de água para esse fim, o que representa uma economia de aproximadamente 86.400 litros de água por dia.
Tal ação reforça o compromisso da Coopatos com a preservação e regulação dos recursos hídricos, garantindo água de qualidade e em quantidade para toda a população localizada na microbacia.
CONTATO DA COOPERATIVA
Célio Humberto Rodrigues, assessor de Desenvolvimento e Gestão Empresarial - adge.diretoria@coopatos.com.br
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