Sistema OCB destaca ESG na Convenção Uniodonto
A gerente de desenvolvimento de cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, participou, na sexta-feira (22), da 31ª Convenção Nacional Uniodonto. Ela apresentou o Programa nacional ESGCoop e incentivou a Confederação das Cooperativas Odontológicas a impulsionarem o Projeto Uniodonto ESG, ao falar sobre a contribuição do cooperativismo brasileiro para a implementação de práticas sustentáveis.
“ESG é Sustentabilidade com comprovação de performance. Ou seja, não basta se dizer organização sustentável. É necessário provar com indicadores qualificados e reportados em relatórios validados globalmente, como o mais conhecido GRI. Convidamos as mais de cem cooperativas odontológicas a aderirem a pauta, mapearem suas atividades e implementar novas soluções para que também possam publicizar o quanto o cooperativismo é e pode ser ainda mais sustentável", afirmou.
Débora resumiu os objetivos do Programa ESGCoop, que visa mapear as boas práticas, medir impactos, formar lideranças técnicas e estratégicas para compartilhar, desenvolver e implementar soluções de acordo com os critérios ESG em todo o cooperativismo brasileiro. Ela explicou que o programa tem como intuito sistematizar e difundir os indicadores que comprovam a aderência das cooperativas à pauta e, assim, contribuir para a competitividade nos negócios, nas questões regulatórias e na manutenção sólida da imagem que a sociedade tem do movimento. "O cooperativismo nasce e vive das comunidades. A sustentabilidade do nosso modelo de negócios é estruturada com base na viabilidade econômica, na justiça social e no cuidado com o meio ambiente", disse.
De acordo com a gerente, o programa funciona dividido em etapas. ”Primeiro é feito o Diagnóstico ESG, que avalia a aderência da cooperativa aos critérios que estão divididos nas 3 Dimensões (E, S e G) e mais um bloco de perguntas transversais. Depois, incentivamos a formação com mentoria que já está sendo ministrada por duas reconhecidas instituições de ensino, a PUC/PR e a FGV, e outras devem ser homolagadas em breve”.
Ao mesmo tempo, continuou, “a cooperativa já é estimulada a desenvolver a sua matriz de materialidade, o que envolve entender quais impactos são gerados pelo negócio nas três dimensões, e ainda, avaliar a opinião das pessoas interessadas (stakeholders) sobre como as cooperativas estão impactando a sociedade. Por fim, desenvolvemos soluções para que as cooperativas possam melhorar em termos de questões ambientais, sociais e de governança, e começar a colocar essas melhorias em prática”.
Débora também falou sobre o piloto do diagnóstico ESG, realizado com a participação de 365 cooperativas em 19 estados, sendo 71% do ramo Crédito, 12% da Saúde, 8% do Agro, 8% de infraestrutura e 1% dos demais ramos. A aderência medida nessas cooperativas é de 51,37%.
Segundo ela, a contribuição do cooperativismo para o ESG é expôr para a sociedade que uma organização capitalista, empreendedora e orientada para resultados pode ser economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa. “É possivel que essa organização seja e faça tudo isso com um modelo de gestão democrática. Quando o Brasil e o mundo, em sua totalidade, conectarem o cooperativismo e a sustentabilidade será viável provar que o futuro do planeta é o modelo de negócios das cooperativas", concluiu.