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08/06/2011 - Brasil vira o maior exportador de frango do mundo

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Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo

GENEBRA - O Brasil caminha para superar pela primeira vez os Estados Unidos em alguns dos setores agrícolas que por mais de 30 anos estiveram sob o controle dos exportadores americanos e obriga importadores a rever suas estratégias de abastecimento.

Dados divulgados nesta terça-feira, 7, pela FAO apontam que, em 2011, o Brasil será já o maior exportador de frango do mundo, com um terço do comércio global.

Além disso, dá passos importantes para se aproximar dos EUA na liderança da soja no planeta. Setores como carne bovina, milho e arroz também registraram ganhos importantes no ano.

Se os avanços são claros no País, a FAO alerta que um salto maior exigirá que o governo dê uma solução aos entraves que a falta de infraestrutura está causando para as exportações nacionais. Em seu relatório bianual sobre a produção agrícola no mundo, o real fortalecido e os custos de produção no País também terão de ser tratados pelas autoridades nos próximos anos.

No setor de carnes, a FAO aponta que o Brasil já o segundo maior produtor do mundo e sua expansão tem "mais que compensado a queda persistente da Argentina". No país vizinho, 3,5 mil empregos foram eliminados no setor. Entre os exportadores, o Brasil já é o primeiro do mundo, com 1,5 milhão de toneladas neste ano.

A FAO admite que a único fato que pode afetar a expansão brasileira seria um eventual entrave colocado pela Rússia, como acabou ocorrendo. Mesmo assim, a previsão é de que as exportações do País devem crescer em 2011, depois de três anos de queda diante do consumo doméstico.

Para 2011, a entidade prevê uma queda nas vendas de frango dos Estados Unidos. Isso deve tirar dos americanos a tradicional posição de maior exportador de frango do mundo. "Como consequência, o Brasil deve se tornar neste ano o maior exportador de frango do mundo, com entregas que podem superar a marca de 4 milhões de toneladas, um terço do comércio global", afirmou a entidade.

No complexo de soja, a produção brasileira chegará a 76,9 milhões de toneladas no ano, contra apenas 61 milhões há apenas dois anos. A diferença entre a produção americana e a brasileira diminui. Nos EUA, a produção neste ano deve ser de 100 milhões de toneladas. A expansão brasileira permitirá ainda que o mundo registre em 2011 uma produção recorde de soja na história: 464 milhões de toneladas.

A produção de milho no Brasil atingirá um recorde em 2011, com 60 milhões de toneladas. As exportações também baterão recorde: 12 milhões de toneladas.

Entraves. Mas a expansão do Brasil não ocorre sem problemas. De acordo com a entidade, não há mais dúvida de que o Brasil ocupará um espaço cada vez maior em alguns dos principais produtos de consumo mundial. Mas já sofre para conseguir escoar o que produz.

Um exemplo é a situação do açúcar. Em 2011, a produção nacional de açúcar será de 39 milhões de toneladas, 4,6% acima do volume de 2010. As exportações do Brasil, porém, vão cair em 1,5% em comparação com2010, por conta dos problemas de escoamento da safra.

Safra recorde não derruba preço de alimentos

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
GENEBRA

Nem a previsão de uma safra recorde de grãos em 2011 fará com que os preços de alimentos sejam reduzidos nos próximos dois anos.

O alerta é da FAO, que indica em seu relatório bianual que os valores de alimentos continuarão altos, colocando em risco milhões de pessoas pelo mundo e pressionando a inflação em países emergentes como o Brasil, China e Índia. Segundo a FAO, a carne passou a ser o principal termômetro dessa nova fase do mercado e nunca esteve tão cara como hoje.

Os últimos dados mostram que os preços agrícolas em maio voltaram a atingir marcas próximas do recorde registrado em fevereiro. Houve uma queda em comparação a abril, de 234,8 pontos para 232,4 pontos. Mas a variação é considerada insignificante e próxima ainda do recorde de 237,7 pontos em fevereiro. O índice mede o valor de 55 commodities.

"A situação de preços altos não acabar em apenas uma colheita", afirmou Abdolreza Abbassian, economista da FAO.

Um dos fatores que vem puxando o preço para cima é o valor recorde registrado nas carnes, principalmente bovina. O surto de doenças, queda de estoques e aumento do consumo seriam as principais explicações. Em 2011, 294 milhões de toneladas de carnes serão produzidas, apenas 1% acima do valor de 2010, o que será insuficiente para atender à demanda.

Para a FAO, a alta continuará por conta da diferença entre demanda e fornecimento de alimentos. Segundo a FAO, a produção de cereais baterá um recorde de 2,3 bilhões"

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