Imagem de freepik
Imagem de freepik

O uso de senhas fortes

  • Nenhum

A gestão de senhas é um desafio comum e recorrente. As cooperativas precisam provavelmente de acesso a inúmeros sistemas, cada um exigindo uma senha diferente. Lembrar-se de todas elas e manter a sua confidencialidade pode ser uma tarefa árdua, especialmente quando elas seguem padrões complexos.

Apesar dessas dificuldades, manter em segurança as senhas de acesso utilizadas é fundamental. Acontece que o ambiente digital é constantemente ameaçado por organizações criminosas e indivíduos mal-intencionados, que estão sempre renovando as suas técnicas para acessar os dados pessoais e informações relevantes das cooperativas. Se a sua cooperativa pensa que nunca será alvo de um ataque cibernético, lhe convidamos a refletir sobre este ponto. Dados pessoais e informações comerciais têm grande valor, e são negociadas por somas consideráveis em mercados paralelos.

Como se prevenir?

Com tantas ameaças, é essencial que as cooperativas revejam periodicamente as suas práticas na escolha e gestão de senhas. As boas práticas recomendadas há alguns anos podem já não ser mais suficientes atualmente. Abaixo, estão algumas das mais importantes orientações atualizadas, em acordo com as recentes boas práticas internacionais:

  1. Opte por senhas longas

Em vez de focar em senhas excessivamente complexas com números e caracteres especiais, recomenda-se priorizar o comprimento. Uma prática moderna é utilizar uma frase inteira, que faça sentido apenas para o usuário.

Quanto maior a senha, maior a segurança. Idealmente, as senhas devem ter, no mínimo, 15 caracteres. Pode parecer excessivo, mas uma senha longa é muito mais fácil de lembrar do que uma senha complexa.

  1. Adapte-se às limitações dos sistemas

Alguns sistemas podem não aceitar senhas muito longas. Nesse caso, ainda vale a recomendação tradicional: inclua uma combinação de números, caracteres especiais e letras maiúsculas e minúsculas para aumentar a segurança.

  1. Habilite o duplo fator de autenticação (2FA)

Sempre que possível, ative o duplo fator de autenticação. Esta funcionalidade adiciona uma camada extra de segurança, exigindo um segundo método de verificação além da senha, como um código gerado por aplicativos como o Microsoft Authenticator.

Também é possível a utilização de reconhecimento da face ou da digital. Entretanto, estes métodos exigem uma atenção especial das cooperativas e o envolvimento dos Encarregados pelo tratamento de dados pessoais é de extrema importância.

  1. Evite trocas desnecessárias

Há pouco tempo, era recomendada a troca periódica de senhas. Hoje, notou-se que mudar de senha acaba incentivando práticas muito perigosas, como o armazenamento das credenciais em planilhas de acesso amplo, o que deve ser evitado.

Assim, as novas recomendações rejeitam a alteração programada de senhas. O foco deve se dar em senhas seguras, especialmente no seu comprimento. Reserve a troca de senhas para situações específicas, como o desligamento de um colaborador que conta com acesso a sistemas críticos.

  1. Utilize um gerenciador de senhas

Para simplificar a gestão de diversas senhas, considere o uso de um gerenciador de senhas. Eles armazenam todas as senhas em um local especial e muito seguro. Essas ferramentas podem até preencher automaticamente as suas credenciais nas telas de acesso a sistemas.

No entanto, é crucial que a senha de acesso ao gerenciador seja extremamente forte e que o duplo fator de autenticação também seja habilitado para proteger o acesso. Alguns exemplos de gerenciadores disponíveis no mercado incluem LastPass, 1Password e Proton Pass.

  1. Nunca reutilize senhas

Vazamentos de credenciais são relativamente comuns. Quando uma das suas senhas é comprometida em um incidente de segurança de determinada plataforma ou sistema, agentes maliciosos irão verificar se você reaproveitou essa senha em algum outro sistema.

Por isso, o uso da mesma senha em mais de um sistema deve ser evitado e desestimulado pelas cooperativas.

Atenção!

Colaboradores, cooperados e clientes das cooperativas devem ser conscientizados acerca dos riscos do uso de senhas com 7 caracteres ou menos, independentemente da complexidade. Tecnologias avançadas já permitem a quebra de segurança de senhas tão curtas com relativa facilidade.

Não se esqueça...

A segurança da informação é uma responsabilidade coletiva. A colaboração de todos é essencial para garantir a integridade do ambiente digital das cooperativas.

Conteúdos Relacionados