Sistema OCB destaca importância da gestão de talentos no Coopera+MT
Evento apresentou estratégias para fortalecer inovação, sustentabilidade e sucessão
O Coopera+MT 2025, realizado nesta terça-feira (23) no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, foi marcado pela apresentação de propostas e reflexões estratégicas para o futuro do cooperativismo. Promovido pelo Sistema OCB/MT, o encontro reuniu dirigentes e especialistas de diferentes ramos em uma agenda que reforçou tanto a força econômica do setor quanto a necessidade de investir em inovação e na formação de pessoas.
Entre os destaques, estiveram as falas da superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, e da gerente de Desenvolvimento de Cooperativas, Débora Ingrisano, que abordaram dois pilares complementares: o portfólio de soluções do Sistema OCB e a gestão de talentos no cooperativismo.
Portfólio de soluções para um setor mais competitivo
Na abertura, Tania Zanella destacou o portfólio de soluções do Sistema OCB, construído para apoiar as cooperativas em suas principais demandas de governança, inovação, ESG e capacitação. Ela reforçou que essas iniciativas já impactam milhares de cooperativas em todo o Brasil, ampliando a eficiência de gestão e fortalecendo a competitividade do setor.
“Mais do que números, cada solução desenvolvida pelo Sistema OCB é uma resposta concreta às necessidades das nossas cooperativas. É um trabalho que soma forças, aproxima o movimento e projeta o cooperativismo brasileiro para o futuro”, afirmou Tania.
A superintendente também ressaltou a relevância dos dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, que confirmam o peso do setor na economia nacional e reforçam o compromisso de continuar entregando resultados de impacto.
Talentos no cooperativismo: responsabilidade e coragem
Na sequência, Débora Ingrisano trouxe uma reflexão sobre o desenvolvimento de talentos, definindo-os como pessoas que reúnem alto desempenho e, ao mesmo tempo, disposição para aprender. A partir dessa perspectiva, ela relacionou o tema às cinco competências do capitalismo de stakeholders, ressaltando que o cooperativismo já pratica esses princípios desde sua origem.
“Se essas competências funcionam no capitalismo de stakeholders, no cooperativismo funcionam ainda melhor, porque fazem parte da nossa prática desde a origem”, destacou.
Débora enfatizou especialmente o papel da liderança, que deve exercer responsabilidade e coragem na condução de pessoas e processos. Segundo ela, líderes cooperativistas não podem se limitar à gestão burocrática, mas precisam estar preparados para desenvolver equipes, inspirar talentos e criar ambientes favoráveis ao aprendizado contínuo.
Da origem do movimento às práticas atuais
Para ilustrar esse ponto, Débora relembrou a história dos pioneiros de Rochdale, que fundaram a primeira cooperativa moderna justamente em reação à má gestão de pessoas durante a Revolução Industrial. “O cuidado com as pessoas está na origem do cooperativismo. É isso que diferencia nosso modelo e o torna cada vez mais atual”, ressaltou.
Ela ainda destacou a diferença entre o RH operacional, fundamental para a organização interna, e o RH estratégico, capaz de orientar o desenvolvimento de lideranças e talentos. “Somente o departamento pessoal, por mais importante que seja, não garante o futuro das cooperativas. O que gera transformação é investir em pessoas para que se tornem líderes capazes de multiplicar conhecimento e resultados”, completou.
Sustentabilidade e futuro Coop
Ao final, Débora destacou as soluções do Sistema OCB voltadas ao fortalecimento da gestão de pessoas nas cooperativas. Entre elas, estão os programas voltados para futuras lideranças, inclusão, diversidade, equidade, cuidado com pessoas e certificação de conselheiros. Essas iniciativas são sustentadas e avaliadas pelos diagnósticos de governança e gestão, que permitem medir avanços e orientar melhorias contínuas.
O Coopera+MT 2025 se consolidou como espaço de debates estratégicos, reforçando que o futuro do cooperativismo brasileiro passa pela soma de soluções inovadoras, boas práticas de gestão e valorização contínua das pessoas que dão vida ao movimento.