Cooperativas Sul-mato-grossenses entendem na prática a importância de abraçar os ODS

Em todo o munod, 836 milhões de pessoas ainda vivem com menos de R$ 4,45 por dia. Este dado mapeia o primeiro Objetivo de Desenvolvimento de Desenvolvimento, que tem como meta principal erradicar a pobreza extrema. Esse e os outros 16 ODS foram tema do debate promovido no lançamento do Dia de Cooperar em Campo Grande/MS. Os cooperados ainda tiveram acesso à outros dados alarmantes, como os 57 milhões de crianças que ainda estão fora da escola e os 2,5 bilhões de pessoas que não tem acesso à serviços de saneamento básico.

‘‘Os ODS são o que temos de mais moderno na agenda global. Todos os países estão trabalhando para atingir o mesmo objetivo. Quando pensamentos que pessoas de diferentes lugares e culturas estão seguindo o mesmo caminho para atingir as mesmas metas, isso conforta e traz ânimo’’, disse Roberta Rossi, coaching em voluntariado empresarial. Em suas palavras, Roberta reforçou como o trabalho das cooperativas brasileiras faz a diferença na transformação positiva da sociedade. ‘‘Quando palestramos por aí é difícil fazer com que determinadas empresas entendam a importância da responsabilidade socioambiental. Mas, com as cooperativas é diferente, pois isso faz parte dos valores e princípios nos quais elas estão inseridas. Então, tudo muda e o desenvolvimento do trabalho fica melhor’’, afirmou.

Para Celso Régis, Presidente do Sistema OCB/MS, é fundamental que as cooperativas entendam a necessidade de realizar projetos que mudem a sociedade em que vivem. ‘‘Fazemos ações sociais muito antes do Dia C, mas agora a história mudou. Não são mais doações. Entendemos que trazer ações pontuais é importante, mas estruturar projetos que mudem vidas e que tenham continuidade é o nosso novo desafio. Não é fácil, exige disciplina e estamos prontos’’, comemora.

O evento contou também com a participação de Giuliana Preziosi, criadora do projeto “Histórias pelo Mundo”, que reúne o relato de mais de 500 dias de viagem para conhecer diversas culturas e saber em quais situações os ODS devem ser aplicados. Giuliana foi a responsável por explicar as diferenças entre doações, filantropia, investimento social, responsabilidade social e sustentabilidade. ‘‘O conceito de responsabilidade social com o relacionamento que as partes têm ao se comprometerem com algo. A sustentabilidade é conduzir as gerações presentes para não impactar as gerações futuras de forma negativa’’, explicou. A palestrante ainda garantiu que o diferencial das cooperativas é uma estratégica positiva para criar um posicionamento forte perante à comunidade. ‘‘A inclusão social dentro da cultura empresarial deve valorizar também os índices de mercado. Voluntariado é sim algo que deve ser feito de coração e de forma gratuita, mas todos precisam saber o impacto que projetos sustentáveis possuem em relação ao mundo’’.

Marta Miranda, da área de gestão de pessoas da Unimed Campo Grande, relembrou o projeto contínuo que a cooperativa realizou no ano passado, levando atividades de esporte e lazer para crianças. ‘‘Foi bem desafiador. Até então, estávamos focados em filantropia, mas aí surgiu a oportunidade de reformarmos uma sala para a biblioteca de um colégio e fizemos. Foi um prazer acompanhar os alunos e promover uma interação com eles. Pensando nisso, continuamos com nossas metas de apoiar crianças e adolescentes nas escolas e assim, colaborarmos para o ODS 4’’.

No decorrer do dia, os participantes participaram de oficinas para aprender a pôr os projetos em prática e então, se tornarem agentes de transformação social. No período da tarde, eles refletiram sobre as ações que já realizam e em qual ODS se encaixam. ‘‘Todos podem ser agentes de transformação responsáveis por planejar, organizar e reportar as ações. Quem faz isso é capaz de motivar e mobilizar ainda mais pessoas nessa corrente do bem entre comunidade, funcionários, cooperados e voluntários’’, finalizou Giuliana.

 

 

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