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Casos de sucesso das cooperativas agropecuárias que já atuam neste segmento foram apresentados pelo gerente de Mercado da OCB, Evandro Ninaut no terceiro painel do workshop, na tarde desta quarta-feira (11/11), “Experiências técnico institucionais no mercado de carbono”. Ele falou dos resultados dos programas de mercado de carbono da OCB, metodologia de implementação de projetos de MDL florestal em cooperativas agropecuárias, desenvolvimento de projetos de carbono social para o setor, lançamento do site Carbono Cooperativo, entre outras questões.
A Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos) e a Cooperativa Rio do Peixe (Coperio) apresentaram projetos ambientais já implementados e que estão gerando resultados na esfera dos créditos de carbono. As unidades são produtoras de suíno e, em função da produção de dejetos destes animais, buscaram conhecimento técnico para implantação de tecnologias limpas. Em poucos anos conseguiram transformar o que seria poluente em material energético, adubo orgânico e crédito de carbono.
A exemplo da Copercampos e Coperio, a C.Vale Cooperativa Agroindustrial e a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), com o apoio da OCB e do Sistema Ocepar-Sescoop/PR, iniciaram, em 2008, projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Florestal (MDL Florestal). Hoje as cooperativas estão na fase de plantio de mudas nativas para recomposição das matas ciliares. A expectativa é que em dois anos as unidades estejam comercializando créditos de carbono.
Contextualizar as estratégias no mercado de carbono, sobre a ótica do governo, academia e iniciativa privada foi a intenção do painel “Políticas públicas e privadas para a Mitigação das Mudanças Climáticas” apresentados na manhã desta quarta-feira (11/11) na sede da OCB, em Brasília (DF), segundo informou o gerente de Mercado da OCB, Evandro Ninaut, responsável pela coordenação do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista.
A intenção segundo, Carlos Henrique Delpupo, diretor da KeyAssociados – Soluções sustentáveis, foi mostrar no painel as negociações internacionais em curso e outras ações discutidas por países independentes e como elas podem trazer oportunidade de mercado para as cooperativas. Além disso, Delpupo, também falou sobre o MDL, as oportunidades e o posicionamento dos EUA - mercado que está se formando, se estruturando e que concorre com o mercado de Kyoto por se mais flexível. “Ou seja, oportunidades novas estão se formando e as cooperativas precisam se preparar para isso.”
Já o coordenador Geral de Mudanças Globais de Clima, Adriano Santhiago de Oliveira, trouxe as novidades prevista com as mudanças do protocolo de Quioto. O protocolo é um acordo internacional que prevê a redução das emissões de gases de efeito estufa por intermédio de mecanismos flexibilizadores. “O MDL é o único que permite a participação de países em desenvolvimento, para que eles reduzam emissões por meio de projetos que busquem o desenvolvimento sustentável”, disse Oliveira. Sobre as mudanças e destacou o protocolo deverá facilitar a inserção de novos projetos de MDL.
O professor pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Rômulo Silveira da Rocha Sampaio, mostrou, durante o painel ”Políticas públicas para mitigação das mudanças climáticas”, que diante da incerteza em torno das negociações que envolvem Copenhagem, e das metas que o Brasil começa a assumir na área florestal de redução do desmatamento, o setor produtivo tem como saída utilizar não só os mecanismos do mercado internacional como também outros desenvolvidos no País. “As cooperativas devem se valer dessa oportunidade de comercializar seus créditos de carbono em mercados paralelos”, sugere.
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O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Odacir Zonta, afirmou que o momento é oportuno para se debater um tema de extrema importância para a sociedade brasileira. “Existem mais de 17 mil leis, resoluções, que tratam das questões ambientais”, afirmou ao participar da abertura do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) realiza em Brasília (DF).
Segundo o deputado Zonta, não faz sentido um número tão extenso de normas legais se estas não forem cumpridas. “Nosso desafio no Congresso Nacional é reunir toda a legislação referente ao tema em um único código e, para isso, contamos com a participação da OCB, de outras entidades, da sociedade”, enfatizou.
As questões ambientais não são de responsabilidade apenas dos agricultores, mas de toda a sociedade, ressaltou o presidente da Frencoop. “Precisamos buscar as estruturas e o investimento necessários para o desenvolvimento de ações que mitiguem problemas e contribuam para a sustentabilidade”, disse.
Com origem cooperativista, o embaixador do Reino Unido, Alan Charlton, parabenizou a iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) pelo trabalho de inserção do setor no mercado de crédito de carbono. “Meu pai trabalhou com cooperativismo durante 54 anos, na Inglaterra. A participação das cooperativas, dos produtores rurais, é fundamental para a recuperação de carbono, e o programa MDL Florestal está totalmente ligado a esta questão. São ações pelo combate às mudanças climáticas”, disse.
Charlton participou da abertura do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, em Brasília (DF). “Esta é uma oportunidade para se discutir a viabilidade do mercado, as formas de financiamento para esse tipo de atividade e exemplos de ações para mitigação dos efeitos gerados pela emissão de carbono”, concluiu.
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“A preocupação com a comunidade, com o futuro das gerações futuras, é um princípio do cooperativismo. Seguindo esta linha de pensamento, o Sistema Cooperativista Brasileiro defende como fundamental a responsabilidade na preservação do meio ambiente com iniciativas como os mecanismos de desenvolvimento limpo”. Foram estas as palavras do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, na abertura do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, que começou nesta quarta-feira (11/11), na sede da instituição, em Brasília (DF).
Para Freitas, a idéia é, com o apoio de aliados, propagar essas iniciativas, a partir, inicialmente, do desenvolvimento de projetos pilotos por todo o sistema cooperativista. “Precisamos, efetivamente, sair do discurso e partir para a prática. Nossa intenção é que, com a assinatura de um protocolo de intenções entre as instituições parceiras aqui representadas, tenhamos políticas públicas concretas e definidas para amparar esse processo de desenvolvimento”, conclui.
Além do presidente da OCB, fizeram parte da mesa de abertura o embaixador do Reino Unido, Alan Charlton, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado federal Odacir Zonta, e o consultor da Secretaria da Agricultura Familiar, Alexandre Gomes, que representou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
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Nos 50 municípios que mais desmataram, crescimento de emprego e renda foi 35% maior que média regional, e índice de saúde, 63% menor
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O avanço do desmatamento na Amazônia Legal provoca uma disparada econômica dos municípios, mas não melhora os indicadores sociais. Nas localidades que mais desmatam, os índices de emprego e renda aparecem acima da média da região, enquanto os dados de educação e saúde engatinham.
Esse quadro aparece no cruzamento, realizado pela Folha, entre dados de desmatamento, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e o Índice de Desenvolvimento Municipal criado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Ambos têm como recorte o período de 2000 a 2006 (quando há dados disponíveis nessas fontes).
No caso do desmate, foram usados dois recortes no levantamento: os 50 municípios que mais desmataram em extensão e os 50 que mais desmataram em termos proporcionais (em relação à própria superfície).
Um exemplo da discrepância é que, no índice de emprego e renda, os 50 municípios da Amazônia Legal que mais desmataram em extensão entre 2000 e 2006 avançaram 35% acima da média regional. Já no indicador de saúde, os mesmos 50 municípios cresceram 63% abaixo da média da Amazônia Legal (Região Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão).
A disparidade é ainda maior quando a média da região é comparada com os 50 municípios que mais desmataram em relação às suas superfícies. Entre 2000 e 2006, o índice de emprego e renda dessas localidade subiu 81% acima da região, enquanto seu indicador social (educação e saúde) cresceu 36% abaixo da média local.
Líder em desmatamento, São Félix do Xingu (PA) viu seu índice de emprego e renda crescer 9% acima da média da região, mas o de saúde ficou 17% abaixo. Segundo colocado na extensão do desmatamento, Paragominas (PA) tem perfil semelhante: índice de emprego e renda 14% acima da média, e o de saúde 83% abaixo.
Para especialistas e representantes de entidades ouvidos pela Folha, o desmatamento concentra renda e gera empregos de forma passageira. Segundo eles, o anúncio de oportunidades de emprego atrai trabalhadores migrantes e, com isso, deixa em colapso os sistemas de saúde e educação.
"É uma espécie de febre. No período do desmatamento tem a venda da madeira, tem emprego para formar pasto. Mas, depois que colocou os bois, ninguém ganha mais nada", afirma José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia da USP.
"Onde não respeitam a lei ambiental, dificilmente irão respeitar leis trabalhistas, podendo colocar em risco a saúde do trabalhador, com consequências sobre os índices", diz Patrick Carvalho, chefe de Estudos Econômicos da Firjan.
O avanço do desmatamento não está apenas ligado à atividade madeireira clandestina. Com ele, disparam também projetos de mineração e de geração de energia. "É uma riqueza, mas concentrada. Saneamento básico, saúde pública, educação e outros direitos sociais inexistem", diz José Batista, da Pastoral da Terra.
Como muitos dos empregos criados na região estão ligados ao desmatamento, cria-se um dilema entre uma atividade ilegal e a única opção de renda. No ano passado, uma operação federal no Pará contra a exploração ilegal de madeira motivou protestos da população.
"A Amazônia está encalhada. Há uma luta contra o desmatamento, mas ainda não existe uma economia para substituir essa velha prática predatória e ilegal", afirma Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Lula rejeita os planos de Minc e de Stephanes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na reta final para decidir as mudanças na legislação ambiental, o presidente Lula decidiu rejeitar a proposta da Agricultura de isentar os pequenos produtores da exigência de reserva legal.
Mas, num revés para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Agrário, retirou das negociações o conceito de "agricultura familiar". A partir de agora, toda a discussão sobre o Código Florestal terá como base as pequenas propriedades: áreas de até quatro módulos fiscais ou 150 hectares (vale a maior).
O conceito de agricultura familiar fora incluído na proposta do Meio Ambiente por conta da participação de entidades do setor (Contag, Fefraf) nas negociações. A definição de agricultor familiar inclui o tamanho da propriedade (até quatro módulos) e informações de renda e posse do estabelecimento (tudo centralizado na família).
Essas decisões foram as duas tomadas em reunião de Lula, anteontem, com os ministros Reinhold Stephanes (Agricultura) e Carlos Minc (Meio Ambiente). F"
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, defendeu, hoje (11/11), que a prática sustentável da produção agrícola é um dos instrumentos para garantir o uso responsável dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. Ele participou do Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF).
“O solo, em si, já é um depósito de carbono e, em cima dele também há carbono. A agricultura é responsável por metade das emissões desse gás”, disse Stephanes para uma plateia de representantes do setor, tanto do País como do exterior. Ao adotar o plantio direto na palha, sequestra-se carbono, porque a terra revolvida provoca esse efeito e o bom manejo do solo também é um grande aliado, destacou o ministro, que defende tecnologias da Embrapa para estabelecer critérios que garantam uma agricultura sustentável.
Stephanes enfatizou, no entanto, que a agricultura não pode ser a única responsável pelos problemas do meio ambiente. O ministro voltou a falar da necessidade de atualização do Código Florestal. “Tem que ser amplamente discutida a nova lei e é necessário que haja a participação do produtor rural, do Ministério da Agricultura e de ambientalistas”. A legislação que existe hoje não é satisfatória para o produtor, pois foi elaborada somente por pessoas que atuam na área ambiental, ressaltou Stephanes.
Índia, Coreia do Sul e Emirados Árabes estão comprando mais produtos agropecuários do Brasil em 2009. Dados da balança comercial do agronegócio apontam que, em outubro, as exportações brasileiras cresceram 1.090% para os indianos, 38,4% para os sul-coreanos e 12,5% para os emiradenses em relação a igual período de 2008. As vendas externas para a China também continuam subindo. Foram 5,2% superiores em outubro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado. Hoje, o país asiático é o principal comprador de itens do agronegócio brasileiro, com participação de 9,3% do total.
O pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, de Campinas (SP), Eduardo Delgado Assad apresentou nesta terça-feira (10/11), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, sugestões para reverter a situação de áreas degradadas. Essas sugestões, a seu ser, vão transformá-las de áreas emissoras em sequestradoras de carbono.
Entre as propostas, estão o incentivo à recuperação de pastos degradados; o incentivo à integração da lavoura/agropecuária, para evitar o aumento da área devastada; e o fortalecimento e a ampliação do uso do plantio direto (semeadura de planta sem o preparo do solo).
A audiência para debater o tema foi promovida pela comissão especial que analisa propostas de alteração do Código Florestal (Lei 4.771/65). A comissão também analisa a revogação desse código e sua substituição por um Código Ambiental.
Assad ressaltou que o Brasil tem 27 milhões de hectares que usam o plantio direto. Com esse tipo de plantio, observou, o carbono é retido no solo; já quando se faz aragem, joga-se carbono na atmosfera. Segundo Assad, o solo é considerado o maior fixador de carbono.
Aumento da temperatura - O pesquisador da Embrapa afirmou ainda que a temperatura tem subido mais no Brasil do que em outros países devido ao desmatamento. Ele explicou que temperaturas mais altas estão se deslocando para o sul de Minas Gerais. E, no oeste de São Paulo, os produtores já estão enfrentando dificuldades na plantação de café.
Assad alertou que, com o aumento da temperatura, a tendência até 2070 é que o País perca 40% do plantio de soja e 33% do plantio de café arábico. No entanto, afirmou o pesquisador, a Embrapa estuda a adaptação do milho e da soja, por meio do melhoramento genético, para tolerar mudanças climáticas e evitar a perda de produção.
Produção x preservação - Para o pesquisador da Embrapa Florestas, de Colombo (PR), Gustavo Ribas Cursio os sistemas de preservação (APPs) devem harmonizar-se com os de produção. Mas, é preciso respeitar, no seu entendimento, as declividades às margens dos rios. Nesses casos, explicou, quanto maior for a declividade nas margens dos rios, maior deverá ser o sistema de preservação dessas áreas.
O relator da comissão, deputado Aldo Rebelo (SP), ressaltou que as soluções apresentadas pela Embrapa são avançadas, mas não conseguem preencher todas as lacunas da agricultura e da pecuária do Brasil. Na sua avaliação, apenas uma parcela do produtor rural seria beneficiada pela proposta, enquanto outra ficaria em situação difícil.
O relator solicitou que a Embrapa envie à comissão sua opinião sobre temas como reserva legal e qual o tamanho da área para atividades agrícola e pastoril na Amazônia legal. Essas informações, de acordo com Rebelo, são importantes para os debates. (Agência Câmara)
"Em visita à sede do Sistema OCB-Sescoop/RJ nesta terça-feira (10/11), a comitiva italiana da Coop Consumatori Nordest / Legacoop - Liga Nacional das Cooperativas e Mutualidades, com cerca de 30 diretores e representantes, conheceu exemplos brasileiros de sucesso e enfatizou a importância de visitas técnicas e de aproximação. Participaram da recepção o presidente da OCB/RJ, Wagner Guerra, o conselheiro do Sescoop/RJ, Ismael Silva Lisboa, além de técnicos da instituição.
O representante nacional do ramo Trabalho, Geraldo Magela, fez a apresentação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), junto com analista tributário da Gerência de Mercado da OCB, Edimir Oliveira Santos. Eles falaram do funcionamento do Sistema Cooperativista brasileiro e traçaram um panorama geral do cooperativismo, em seus diversos segmentos.
O diretor presidente da Usimed Petrópolis (Cooperativa de Usuários de Assistência Médica), Marcus Berardinelli Camargo, apresentou o caso de sucesso da cooperativa, que conquistou o Prêmio Cooperativa do Ano 2009 na modalidade Consumo. Logo após, o presidente da cooperativa de consumo de Barra Mansa, Casmadin, Jonas Marins trouxe o histórico da cooperativa e relatou como é seu funcionamento.
O presidente da Coop Consumatori Nordest, Marco Pedroni, enfatizou que os bons exemplos brasileiros serão estudados e que missões como esta são importantes, para uma aproximação e troca de conhecimentos de ações do setor.
A Coop Consumatori Nordest é uma das mais importantes cooperativas de consumo do nordeste da Itália, com mais de 540 mil membros. São cerca de cinco mil empregados em 84 centros comerciais, 75 supermercados e nove hipermercados administrados pela cooperativa. É líder da cadeia de distribuição alimentícia italiana, com mais de um milhão de euros negociados em 2008. (OCB/RJ)
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O encontro é dirigido a líderes cooperativistas agropecuários, empresas, federações e confederações do agronegócio. Também devem participar agentes financeiros, investidores e representantes do governo federal, além de especialistas do mercado de carbono e de convidados internacionais da Embaixada do Reino Unido. Clique aqui para acessar a programação do evento.
Já está à disposição, para consulta pública, a lista preliminar de produtos importados dos Estados Unidos, que poderão sofrer retaliação a partir de 2010. A medida, publicada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) por meio da Resolução nº 74, decorre de deliberação da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o painel do algodão. Em agosto deste ano, em decisão final, a OMC foi favorável à aplicação de sanções pelo Brasil aos Estados Unidos, em função dos prejuízos causados aos cotonicultores nacionais em decorrência dos subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos seus produtores.
Até 30 de novembro, a lista com 222 itens fica em consulta pública para sugestões e críticas. Desse total, 57 se referem ao algodão, seus subprodutos e manufaturados. Outros 34 produtos também são agrícolas, como frutas, soro de leite, trigo e preparações para bebidas.
Todos os produtos incluídos foram importados dos EUA em 2008. “A relação representa um fluxo de comércio de US$ 2 bilhões. Quando a lista definitiva for publicada, deveremos ter, pelo menos, US$ 460 milhões em volume de comércio, que é valor mínimo estabelecido pela OMC para a retaliação brasileira em bens”, explica o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto.
Painel - O primeiro painel sobre o assunto foi concluído em 2005. Na época, foi estipulado o prazo de dois anos para que os EUA adotassem as recomendações da organização. Como não foram cumpridas, o Brasil apelou novamente à OMC resultando em decisão anunciada em junho de 2008, confirmando a ilegalidade dos subsídios norte-americanos aos produtores de algodão. Em 31 de agosto deste ano, a OMC divulgou decisão final autorizando o Brasil a aplicar as retaliações aos Estados Unidos. (Fonte: Mapa).
"Mais de 60 técnicos da África, América, Ásia e Oceania conhecerão a experiência brasileira na produção sustentável do etanol, a partir da cana-de-açúcar, na 2ª Semana do Etanol: compartilhando a experiência brasileira, de 16 a 20 de novembro, em Ribeirão Preto(SP). O curso, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é a segunda edição do programa de treinamento oferecido a representantes do governo, entidades privadas e empresários de regiões em desenvolvimento no setor sucroenergético.
O Brasil é líder mundial em produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar. “A nossa experiência com o etanol combustível tornou-se referência mundial no campo das energias renováveis, como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis”, ressalta o diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Mapa, Alexandre Strapasson. Segundo ele, a produção canavieira no País tem crescido 11% ao ano, mesmo em períodos de crise. Em 2008, foram investidos, aproximadamente, R$ 9 bilhões na construção de 30 novas usinas.
“A proposta do treinamento é atender às demandas de países como Vietnã, Etiópia, Egito, Indonésia, entre outros, por informações e capacitação técnica na área de produção e uso de etanol como combustível”, explica Strapasson. E, para transformar o etanol em commodity, segundo o diretor do Mapa, é fundamental que outros países também sejam grandes produtores, criando, assim, um mercado internacional forte e competitivo para o setor sucrenergético.
Assuntos relacionados à cadeia produtiva do etanol, financiamentos, novas oportunidades e tecnologias, mudanças climáticas, cooperações internacionais e uso automotivo do etanol serão abordados na capacitação. As delegações estrangeiras contarão com serviço de tradução simultânea para o inglês. (Fonte: Mapa)
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Segundo ela, percentual não será meta, mas só objetivo voluntário de redução de gases-estufa; antes governo evitava compromisso formal
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Classificando de um "objetivo voluntário" e não de meta obrigatória, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) admitiu ontem que o governo deve levar um número de corte das emissões dos gases-estufa à conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a ser realizada em dezembro em Copenhague.
O valor pode ficar em cerca de 40% de redução até 2020. O anúncio oficial está previsto para o fim desta semana. "Não estamos distantes disso: pode ser 38%, 42%", disse a ministra após reunião no gabinete da Presidência em São Paulo.
Além de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participaram do encontro os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), assim como representantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, coordenado por Luiz Pinguelli Rosa, professor da Coppe-URFJ.
"Ninguém desmaiou quando eu projetei 40%. Antes desmaiava. Os 40% estão assimilados como uma possibilidade. Agora, o governo quer uma justificativa técnica", disse Pinguelli Rosa, segundo quem 20% serão por conta da queda do desmatamento na Amazônia e o resto viria da queda de desmatamento do cerrado brasileiro, racionalização de transporte e outras medidas. "Se é meta ou objetivo não interessa, o que interessa é um número", completou o professor.
Na semana passada, o governo havia sinalizado que poderia não apresentar um número de redução. A ONU cobrou uma meta clara do Brasil.
Ontem pela manhã, em seu programa de rádio "Café com o Presidente", Lula disse que o país "está disposto a estabelecer um acordo com outros países para que a gente mostre para a humanidade a nossa disposição de diminuir as emissões de gases de efeito estufa".
Para Dilma, o governo não pode "achar" que é possível atingir uma meta, mas tem de realizar estudos para prever um número "factível". A ministra cobrou ainda que países desenvolvidos tenham responsabilidade direta pela redução da emissão de gases no mundo.
"A postura do Brasil é que os países em desenvolvimento assumam uma posição forte", disse Dilma. Ela explicou que, pelas regras atuais, apenas os países do anexo 1 (países industrializados) têm a obrigação de apresentar metas.
Prazos
Também foram discutidas a regulamentação e modificações no Código Florestal, de 1965, e o decreto presidencial que, a partir de 11 de dezembro, prevê multa a proprietários rurais que não formalizarem um compromisso com a reserva legal (área de floresta).
Não há consenso sobre a entrada em vigor do decreto (ruralistas querem prorrogá-lo por até três anos). A ministra disse que Lula anunciará uma decisão nos próximos dias.
Dilma também elogiou o plano de redução de emissões de 20% anunciado ontem pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB) -seu provável adversário na campanha presidencial de 2010-, mas disse que os cálculos seguem metodologias e bases diferentes e, por esse motivo, não é possível fazer comparações. Segundo ela, os valores são distantes e os cortes federais serão maiores.
Mesmo assim, Dilma afirmou esperar que os governos dos Estados tomem iniciativas desse tipo e se comprometam com questões ambientais.
Veículo: Folha de S.Paulo
Publicado em: 10/11/2009
Nesta terça-feira (10/11), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, participou do II Fórum Econômico Brasil-Itália, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento contou com seminários, palestras e rodada de negócios. Participou uma comitiva com mais de 400 empresários da Itália, entidades e representantes dos governos italiano e brasileiro.
A iniciativa é do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), em conjunto com os Ministérios Italianos do Desenvolvimento Econômico e das Relações Exteriores, com a Confederação Italiana das Indústrias (Coreplaceustria) e com a Associação de Bancos Italianos (ABI). O objetivo é promover o desenvolvimento econômico e reforçar o interesse da indústria da Itália em fomentar negócios.
As oportunidades de negócios abrangem grandes áreas da indústria como infraestrutura, construção civil, energia, ambiente, bens de consumo, agroindústria, máquinas, equipamentos e componentes mecânicos, indústria têxtil, química e tecnologia, além da presença de diversos consórcios e associações de empresas multisetoriais e prestadores de serviço na área de gestão e internacionalização. Também participou do Fórum o secretário executivo da OCB, Renato Nobile.
"“A Produção Sustentável de Carne Suína para Pequenos Produtores na Região Sul do Brasil” será o tema apresentado por Danilo Miranda, diretor da Ambiente Gestão em Sustentabilidade, no Workshop Internacional de Créditos de Carbono para o Sistema Cooperativista. O evento será realizado na sede Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), nesta quarta e quinta-feira (11 e 12/11).
Segundo Danilo Miranda, que desenvolve junto com a OCB , um projeto- piloto na Cooperativa Agrícola Mista Rondon (Copagril), no Paraná, um dos exemplos que será apresentado é o projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), implantado em 16 propriedades de associados da Copagril que trabalham com a suinocultura, por meio de biodigestores. Miranda também vai falar da importância da participação dos associados, bem como de todos os ganhos para aqueles que aderem à iniciativa desta natureza.
Durante dois dias do evento, a programação prevê palestras e painéis, além da apresentação de casos de sucesso. Serão apresentados painéis sobre “Políticas públicas em mudanças climáticas e desenvolvimento de MDL no Brasil”, “Experiências técnico-institucionais no mercado de carbono”, “Cases de sucesso do cooperativismo” e “Financiadores e investidores de projetos de MDL – comercialização de Reduções Certificadas de Emissões (RCE) nos mercados de Quioto e Não-Quito”.
O encontro, promovido pela OCB, reunirá líderes cooperativistas, entidades do agronegócio, agentes financeiros, investidores e governo, além de especialistas do mercado de carbono e convidados internacionais da Embaixada do Reino Unido. Mais informações podem ser obtidas no portal Brasil Cooperativo (www.brasilcooperativo.coop.br).
Pesquisadores da Embrapa serão ouvidos nesta terça-feira (10/11) pela comissão especial que analisa propostas de alteração do Código Florestal (Lei 4.771/65). A comissão também analisa a revogação desse código e sua substituição por um Código Ambiental.
Dentre os expositores convidados para o encontro estarão presentes Eduardo Delgado Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP); Gustavo Ribas Cursio, pesquisador da Embrapa Florestas (Colombo/PR); e Celso Manzato, chefe da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP).
A comissão especial foi criada para analisar o Projeto de Lei 1876/99, do ex-deputado Sérgio Carvalho, que revoga o Código Florestal, e outras cinco propostas apensadas (PLs 4524/04; 4395/08; 5020/09; 5226/09 e 5367/09).
A reunião será realizada às 14 horas no plenário 11, da Câmara dos Deputados.
Mais de 400 pessoas, entre autoridades, empresários, produtores rurais, profissionais de imprensa foram convidados a participar no próximo dia 20, no Grêmio Recreativo Pinhalense, em Pinhalzinho, da solenidade de lançamento do Itaipu Rural Show 2010, exposição-feira de difusão tecnológica do agronegócio em Santa Catarina. O lançamento consistirá de pronunciamentos, apresentação da programação científica da expo-feira, exibição de audiovisual e coquetel de confraternização.
A 12ª edição do Itaipu Rural Show está programada para o período de 27 a 30 de janeiro de 2010, reunindo mais de 160 empresas que demonstrarão os últimos avanços da ciência e da indústria fornecedora de insumos para o agronegócio. A expectativa é que a expo-feira atraia um publico aproximado de 40.000 visitantes e proporcionará negócios superiores a 10 milhões de reais.
O público-alvo é formado por produtores rurais de pequeno e médio porte, técnicos e dirigentes originários do grande oeste de Santa Catarina, do noroeste do Rio Grande do Sul e do sudoeste do Paraná, além de Mato Grosso do Sul e países como Paraguai e Argentina.
A feira ocupará uma área territorial de 18,5 hectares do Centro de Treinamento e Difusão de Tecnologias Cooperitaipu, localizado no quilômetro 580 da rodovia federal BR-282, a um quilômetro do trevo oeste da cidade de Pinhalzinho, no oeste de Santa Catarina.
Além dos atrativos das edições anteriores, neste ano haverá ampliação da premiação do Clube da Bezzera; Exposição do Projeto Royal (Genética Semex), projeto Resgatando Valores, em parceria com a prefeitura; lançamento de livro; espaço família; ampliação dos hortos (plantas medicinais), entre outros.
A iniciativa da Cooperativa Regional Itaipu tem o patrocínio da Nutro Alimento, Ceraçá e Creditaipu e apoio dos governo federal, estadual e municipal, Sescoop/SC, Sebrae/SC e Senar/SC. (Fonte: Boletim Faesc)
O melhor período e os municípios mais aptos para o plantio do algodão, mandioca e coco nos estados do Tocantins, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia estão descritos no zoneamento agrícola publicado nesta segunda-feira (9/10), no Diário Oficial da União (DOU).
Conforme a Portaria nº 267, que traz o zoneamento do coco para o estado do Tocantins safra 2009, o coqueiro se desenvolve melhor com volume de chuvas de 1.500 mm/ano e em temperatura média de 27ºC. O coqueiro pode ser cultivado em diferentes tipos de solos, mas as melhores condições são encontradas nos terrenos arenosos.
O estudo para o cultivo da mandioca no Pará pode ser encontrado na Portaria nº 269. De acordo com a norma, as melhores condições térmicas para o crescimento da raiz estão nas temperaturas entre 20º C e 27º C e com precipitações de 1000 mm a 1500 mm por ano.
O Sicoob acaba de disponibilizar uma linha de crédito destinada a associados de áreas atingidas pelas chuvas, no estado do Espirito Santo. Os recursos podem ser utilizados para a compra de material de construção, de móveis e de eletroeletrônicos novos.
As instituições associadas têm a opção de contratar até R$ 30 mil e os cooperados, até R$ 15 mil. O custo é de 1,2% ao mês. O pagamento pode ser efetuado em até 36 meses, com carência de seis meses. O Sicoob Central está localizado na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 635, edifícioCorporate Office, 9º andar, Enseada do Suá, Vitória (ES).
O Sicoob Centro-Serrano, visando a ajudar a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Leopoldina, iniciou uma campanha para arrecadar recursos para a aquisição de móveis, de equipamentos, de materiais didáticos e de utensílios. A associação, cuja sede foi inaugurada há aproximadamente um ano, foi totalmente coberta pela enchente ocorrida no município.
Os interessados em contribuir podem fazer sua doação em dinheiro para a conta da Apae, aberta pelo Sicoob: Banco 756, Agência 0001, Conta Poupança 60.344.303-6. (Fonte: Sicoob)