Parceria entre Coopernorte e Embrapa fortalece resiliência climática na agricultura amazônica
Contexto e desafios
A produção de grãos na Amazônia enfrenta desafios únicos, e antes do acordo com a Embrapa, os agricultores da região de Paragominas (PA) dependiam de pacotes tecnológicos desenvolvidos para outras realidades brasileiras.
Essa falta de adaptação resultava em baixa eficiência produtiva, maior vulnerabilidade às variações do clima e um uso intensivo de defensivos químicos.
A ausência de cultivares adaptadas e de práticas de manejo resilientes não apenas limitava a competitividade dos cooperados, mas também aumentava os riscos ambientais, incluindo a potencial expansão da fronteira agrícola sobre novas áreas de floresta.
Objetivos
Para enfrentar esse cenário, a Coopernorte firmou um acordo de cooperação com a Embrapa Amazônia Oriental com o objetivo central de reduzir as vulnerabilidades climáticas e fortalecer a resiliência dos sistemas produtivos na região.
A parceria busca introduzir cultivares mais adaptadas, promover práticas de manejo sustentável do solo, incentivar a diversificação da produção e ampliar a integração lavoura-pecuária.
Com isso, a iniciativa visa mitigar os riscos climáticos, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a segurança alimentar, consolidando a produção agrícola em áreas já abertas para evitar a pressão sobre a floresta.
Desenvolvimento
A estratégia da parceria consistiu em implantar e validar tecnologias adaptativas diretamente nas áreas de pesquisa e de cooperados da Coopernorte.
A Embrapa atuou como parceira científica, responsável pelos ensaios e pela transferência de tecnologia, enquanto a Coopernorte ofereceu a estrutura local, a logística e sua rede de mais de 90 produtores para os testes em campo.
As ações incluíram a implantação de unidades demonstrativas de cultivares adaptadas (girassol, milho, sorgo, arroz), a ampliação do sistema de plantio direto (SPD), a adoção do manejo integrado de pragas (MIP) e a integração lavoura-pecuária (ILP), com a avaliação de 20 variedades de capim.
O conhecimento gerado é disseminado por meio de dias de campo e workshops, impactando indiretamente mais de mil pessoas na região.
Resultados e impacto
A cooperação entre ciência e produção no campo gerou resultados concretos, promovendo uma agricultura mais sustentável e preparada para os desafios climáticos. Os maiores impactos do projeto foram:
● Produção diversificada e resiliente: a introdução de cultivares adaptadas, como girassol e sorgo, permitiu a diversificação da produção, aumentando a resiliência climática dos cooperados e reduzindo perdas na safrinha.
● Mitigação climática: a expansão do sistema de plantio direto elevou o estoque de carbono no solo, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
● Uso eficiente da terra: a integração lavoura-pecuária melhorou a eficiência do uso de áreas já abertas e gerou maior estabilidade econômica para os produtores.
● Menor impacto ambiental: a adoção do manejo integrado de pragas reduziu a dependência de defensivos químicos, diminuindo seus impactos no ecossistema.
● Conservação da floresta: ao fortalecer a produtividade em áreas consolidadas, a iniciativa ajuda a evitar a pressão por novos desmatamentos na Amazônia.
Desse modo, além dos ganhos técnicos, a Coopernorte reforça o seu comprometimento em buscar parcerias capazes de estimular o desenvolvimento regional e encontrar soluções concretas para a mitigação de riscos ambientais por meio de novas tecnologias e boas práticas agrícolas.
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