Conselho Social da Unimed Vitória melhora representatividade das especialidades médicas na gestão
Contexto e desafios
A cooperativa de saúde Unimed Vitória detém um quadro expressivo de médicos cooperados que atuam em diversas especialidades: são 2.429 membros, distribuídos em 19 municípios do estado do Espírito Santo.
A cooperativa tem como prática de gestão o envolvimento da alta direção com os médicos cooperados. No entanto, tendo em vista a necessidade de entender e tratar as particularidades e demandas de cada campo de atuação, a Unimed Vitória decidiu criar um conselho que permeasse todas as especialidades e melhorasse a representatividade delas na tomada de decisões: o conselho social.
O órgão conta com médicos dos diversos ramos da medicina onde a cooperativa atua e foi idealizado para aproximar as especialidades e dar a elas voz ativa perante a diretoria e os demais cooperados.
Desenvolvimento e metodologia
O conselho social é constituído pelos membros do conselho de administração, do conselho técnico, do Núcleo de Desenvolvimento Cooperativista (Nudec) e por cooperados que são eleitos para representar tanto as especialidades médicas quanto os municípios da área de ação da cooperativa localizados fora da Grande Vitória.
Trata-se de um órgão consultivo que discute a macropolítica da cooperativa e formaliza propostas para o conselho de administração da Unimed Vitória. Os membros representantes das especialidades são eleitos para um mandato de quatro anos, por voto direto dos cooperados.
O número de representantes das especialidades é proporcional à quantidade de cooperados que cada especialidade possui. As especialidades com pequeno número de cooperados são reunidas em grupos afins, para assegurar sua representatividade.
A organização das especialidades médicas obedece aos seguintes critérios:
- São representadas as especialidades devidamente reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, de forma proporcional ao seu número de cooperados, com no mínimo um e no máximo quatro representantes por especialidade ou por grupo delas;
- Especialidades com menos de dez cooperados são obrigatoriamente agrupadas, preferencialmente por afinidade. A especialidade ou grupo que possuir de 10 a 50 cooperados tem um representante, de 51 a 100 tem dois, de 101 a 150 tem três e a partir de 151 associados, quatro.
Já a representatividade dos municípios da área de ação da cooperativa, localizados fora da Grande Vitória (Guarapari, Anchieta, Domingos Martins e Marechal Floriano), é assegurada da seguinte forma:
- Há no mínimo um e no máximo quatro representantes por município, sendo um representante para municípios com até 50 cooperados, dois representantes de 51 a 100 cooperados, três representantes de 101 a 150 e quatro representantes a partir de 151.
Escolha dos representantes
O processo eleitoral é dirigido por uma comissão designada pelo conselho de administração, composta por um presidente e um secretário. As eleições são convocadas após a posse do conselho de administração.
O candidato a membro do conselho social deve estar ativo na cooperativa, inscrito na especialidade ou atuar no município que deseja representar. O candidato pode inscrever-se em apenas uma especialidade ou grupo de especialidades, na qual esteja inserido e registrado na cooperativa, ou como representante de um município ou grupo de municípios.
Além disso, cada cooperado deve optar por votar em apenas um membro de sua especialidade principal ou grupo de especialidades na qual ela esteja inserida, ou em apenas um membro representante de município. Ou seja, é vedada a duplicidade de votos.
São eleitos os candidatos que obtiverem o maior número de votos. No caso de empate, o cooperado com a inscrição mais antiga é conduzido ao cargo. Persistindo o impasse, assume o que tiver idade maior.
Depois da posse, os membros do conselho social devem se manter ativos e participativos. O membro que faltar a duas reuniões seguidas ou a três reuniões alternadamente, sem justificativa, é excluído do grupo. É feita uma lista com candidatos suplentes para eventuais substituições dos cooperados eleitos que não puderem tomar posse, renunciarem, forem excluídos por faltas ou ficarem impossibilitados de cumprir o mandato.
Os encontros do conselho social são convocados e coordenados pelo presidente da cooperativa. As reuniões ordinárias têm periodicidade trimestral e tanto as ordinárias como as extraordinárias são convocadas por e-mail com antecedência mínima de 15 dias. As pautas com a programação das reuniões são enviadas antecipadamente para o grupo e todas as informações são registradas em atas e assinadas pela presidência.
Resultados e aprendizados
As reuniões do conselho social permitem que os médicos cooperados representantes das especialidades possam discutir as macropolíticas estratégicas da cooperativa, bem como a formulação de propostas para o conselho de administração.
Devido ao cunho estratégico que o conselho social detém, os conselheiros deliberam ações para o desenvolvimento de projetos que permeiam diversas áreas da cooperativa. Os pilares dessas ações estão desmembrados no planejamento estratégico da Unimed Vitória. Os projetos são acompanhados pelos conselheiros e conduzidos pelos superintendentes e suas equipes auxiliares, com ações regidas por metas, prazos e indicadores.
Segundo a cooperativa, a média de adesão dos membros às reuniões é de 72%, número que ela considera positivo. Cerca de 30% dos projetos e ações do planejamento estratégico da cooperativa são articulados e acompanhados pelo conselho social.
Entre os depoimentos de membros do conselho, vale destacar o relato de Luiz Antonio Pôncio de Andrade, cirurgião geral e do aparelho digestivo, para quem a reunião demonstra o compromisso da diretoria com a transparência na gestão. “Tomo a postura de dono do negócio, por isso, me interesso em participar e replicar o que foi discutido para outros colegas cooperados. Acho que todos deveriam ter a mesma atitude”, comenta.
Já a pediatra Lúcia Borjaille destaca a sintonia do grupo. “Muita gente pensa da mesma forma e, assim, as ideias vão se encaixando. Esse formato é uma maneira de valorizar o cooperado e, com certeza, vamos chegar a um excelente resultado”, afirma.
CONTATO DA COOPERATIVA
Fabrícia Kirmse, coordenadora de Comunicação - fcaldas@unimedvx.com.br
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Objetivo: Gerar energia limpa e renovável por meio da biodigestão anaeróbia dos dejetos e resíduos da agroindústria, minimizando os impactos ambientais da atividade de produção de alimentos, promovendo e incentivando as boas práticas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Resultados: Projetos implantados em função da capacitação: • COOPERATIVA C. VALE Sede: Palotina, Oeste do Paraná Volume produzido: Entre 1500 a 2000 m³/dia para energia elétrica e 1050 m³/hora para uso térmico. Fonte de material utilizado: Dejetos suínos (geração energia elétrica) e efluente industrial de produção de amido de mandioca (uso térmico). COOPERATIVA CASTROLANDA Sede: Castro, Leste do Paraná Volume produzido: 12.593 nm³/dia de metano. Fonte de material utilizado: Lodo biológico ETE, Lodo tridecanter frigorifico, resíduo de batata lavador, glicina vegetal, resíduo de cerveja, ovos, óleo fritadeira, casca de batata, batata frita, farelo de fritadeira, dejetos e carcaça de suínos. COOPERATIVA COPACOL Sede: Cafelândia, Oeste do Paraná Volume produzido: Não possuem informação em volume de biogás gerado. Contudo, nos últimos três meses a geração de energia média com biogás foi de 88.116 kWh/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos de suínos de uma Unidade de Produção de Leitões com 4.300 matrizes. COOPERATIVA FRÍSIA Sede: Carambeí, Leste do Paraná Volume produzido: 86.457 m³/mês. Fonte de material utilizado: Dejetos e carcaças provenientes da atividade de suinocultura. COOPERATIVA LAR Sede: Medianeira, Oeste do Paraná Volume produzido: 3.126.438,00 metros cúbicos de biogás, convertido em energia elétrica equivalem a 1.334.801 KWh de bioenergia (evitando a emissão de 1.719.540,9 metros cúbicos de gás metano). Fonte de material utilizado: Dejetos suínos. A unidade de produção localizada no município de Serranópolis do Iguaçu (PR) tem 3 biodigestores e produz 52% da energia consumida. Para 2021, a expectativa é produzir 100% da energia elétrica por meio do biogás.
Em 2011, a Cooxupé firmou uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Minas para desenvolver cursos de formação técnica para os pequenos produtores cooperados. O objetivo é levar mais conhecimento sobre gestão, produção e segurança no campo aos associados e seus trabalhadores.
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Região: Sudeste Categoria: Produção sustentável Ação: Criação do Protocolo Gerações, que busca melhorar continuamente a cafeicultura levando em conta a sustentabilidade ambiental e os preceitos éticos. ODSs: 2 - Fome zero e agricultura sustentável 12 - Consumo e produção responsáveis 13 - Ação contra a mudança global do clima Resultados: O Protocolo Gerações foi desenvolvido em parceria com uma empresa internacional especializada em certificações ambientais, de sustentabilidade e qualidade de alimentos. Ao todo, 400 cooperados participam do projeto; a produção deles pode integrar a linha de cafés especiais da cooperativa. O Protocolo Gerações aumentou o engajamento e o interesse dos produtores nas certificações de sustentabilidade. A produção sustentável com base no protocolo já está ganhando mercado e até mesmo começou a ser exportada.