Setor agrícola deve melhorar em 2007
A declaração é do presidente da organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Neivor Canton. As previsões para 2007 ainda são inconsistentes, avalia Canton, mas o mercado sinaliza uma leve recuperação, seguindo tendência observada no desempenho do setor no último trimestre.
Canton fez uma análise do ano anterior na qual o setor enfrentou a perda de mercados externos, desajustes cambiais, estiagens, quedas nos preços das commodities e encarecimento dos insumos. Ocorreu, novamente, atraso na aplicação de recursos do crédito rural em relação aos anos anteriores. Na safra anterior, dos R$ 44,3 bilhões programados para o financiamento do plantio, foram aplicados R$ 9,9 bilhões até setembro, o que representa 23% do programado. Em 2006, da programação de R$ 50 bilhões, aplicou-se no mesmo período 18%, representando queda de 8% em relação ao ano anterior.
O volume de fertilizantes empregados nas lavouras em 2006 atingiu os mesmos patamares de 2005, ou seja, 16,3 milhões de toneladas. A produção de calcário, em 2006, registrou queda de 14%: desceu de 17,0 milhões de toneladas em 2005 para 14,6 milhões de toneladas em 2006.
O mercado de defensivos foi o que mais evidenciou a retração da agricultura brasileira. Além de absorver o maior percentual da dívida privada do setor, estimada em R$ 3,50 bilhões, encerrou o ano com redução das vendas do setor. Em 2005, o faturamento do setor chegou a R$ 10 milhões, com destaque para os segmentos herbicidas (R$ 4,1 bilhão), fungicidas (R$ 2,5 bilhões) e inseticidas (R$ 2,7 bilhões). Para 2006, o mercado de defensivos apresenta queda de 16,7% em relação a 2005, atingindo o valor de R$ 8,3 bilhões. (Fonte: Ocesc/MB Comunicação)