Cooperativa de crédito não é banco, é melhor!
Hoje, 21 de outubro, comemoramos o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito. Apesar do grande crescimento deste ramo no país - mais de 3,4 milhões de brasileiros aderiram ao cooperativismo de crédito até o final do ano passado - muitos ainda desconhecem seus benefícios. Explico melhor: uma cooperativa de crédito pode oferecer os mesmos serviços que bancos convencionais, como talão de cheques, cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, conta poupança etc, mas com inúmeras vantagens. A primeira delas é que, na cooperativa, o ser humano é o que importa.
Justamente por isso, os associados estão livres de um problema que constantemente atinge clientes de bancos convencionais: as greves. Quase todos os anos, as grandes instituições bancárias têm os serviços paralisados devido a incompatibilidades nas negociações com seus funcionários - neste ano, a greve dos bancários foi iniciada em 28 de setembro e se prolongou por 14 dias. Já as cooperativas, por terem negociações salariais diferenciadas com seus colaboradores, mantêm seu atendimento ao cooperado - que é rápido e personalizado - normalmente.
E as vantagens não param por aí. Como sócio (isso mesmo: sócio; pois em uma cooperativa o associado também é dono), o cooperado tem direito a participação nos lucros – que chamamos de sobras. Este resultado, obtido ao final de cada exercício, pode ser restituído ou destinado a investimentos no próprio negócio – de acordo com decisão tomada em assembleia, cuja participação é aberta a todos os empreendedores.
Além disso, o cooperativismo de crédito é mantido pelos próprios associados, que injetam capital no negócio por meio de quotas-partes. O valor fica acumulado em uma conta-capital, que funciona como uma espécie de previdência – uma vez que retorna ao cooperado, de acordo com critérios determinados pelo estatuto de cada cooperativa. E é pelo fato de ser mantida por capital próprio, que, diferente dos bancos convencionais, as cooperativas não passaram sufoco no período da crise de crédito de 2009.
Por esses e outros motivos, o cooperativismo de crédito se mostra como a melhor alternativa para movimentações de contas e demais operações financeiras, reunindo em Goiás 82 mil pessoas que decidiram trocar o status de mais um cliente do banco pelo de sócio de uma cooperativa. Como entusiasta, e atuante há mais de uma década no sistema, eu ainda poderia listar outras inúmeras vantagens. No entanto, para descobrir os verdadeiros benefícios que ele pode proporcionar, o melhor mesmo é vivenciá-lo.
Felicíssimo Sena é sócio-fundador e presidente da Cooperativa de Crédito dos Advogados (Credijur).