Cocamar busca incrementar produtividade de grãos
Conforme explica o engenheiro agrônomo Antonio Sacoman, coordenador técnico de Arenito e Grãos, as lavouras cultivadas no Norte e no Noroeste do Estado apresentam, historicamente, médias inferiores às de outras zonas produtoras. Isto pode ser creditado, segundo ele, ao fato de que essas regiões encontram-se em uma área de transição entre os climas temperado e tropical. Nos últimos anos, a irregularidade climática – caracterizada principalmente por estiagens mais severas – acabou contribuindo para uma redução ainda maior dessa produtividade.
De acordo com Sacoman, os trabalhos estarão focados em duas práticas que, embora bastante conhecidas dos agricultores, são ainda pouco implementadas no Norte e Noroeste do Paraná. A primeira é a produção de palhada em grande volume e com qualidade para recobrir e proteger o solo a ser ocupado pelas principais culturas no verão, a soja em especial. A segunda é a rotação de culturas.
Na região, a maior parte dos agricultores planta, invariavelmente, soja nos meses de verão e milho durante o inverno, produzindo pouco volume de palha, o que expõe o solo aos efeitos nocivos da intensa insolação e deixando as lavouras bem mais vulneráveis às estiagens. No arenito, a atividade agrícola – concentrada principalmente no verão - é mantida em sistema de integração com a pecuária de corte, sendo que esta última ocupa as mesmas terras durante os meses frios.
“O trabalho pretende incrementar a produtividade das lavouras e produção de carne com diminuição de risco climático”, diz o engenheiro agrônomo, lembrando que a parceria com o Iapar já é mantida desde 1997, quando a região do arenito começou a ser explorada como nova fronteira agrícola do Paraná.