Presença necessária

Para a deputada federal Aline Sleutjes (PR), o número de mulheres no cooperativismo demonstra que elas estão conquistando seu espaço, mas ainda há mais para ser alcançado.

Precisamos criar meios de apoiar e incentivar mulheres para novas missões nas cooperativas e na política”, declarou.

Por ser de uma família e de uma cidade com forte vocação cooperativista e agropecuária, a deputada entende que o protagonismo feminino tem muito a contribuir para o mundo do cooperativismo e do campo.  

Precisamos refletir sobre o espaço das mulheres em todos os níveis hierárquicos no ambiente de trabalho, que deve ser o mais amplo possível em prol não apenas do desenvolvimento coletivo, mas também da equidade social. As mulheres têm conquistado espaços de destaque em diversos setores da sociedade e no agronegócio não é diferente. Um trabalho que sempre foi considerado bruto, pode sim ter a força e o olhar feminino”.

Natural de Castro, cidade do interior do Paraná considerada a capital do leite, Aline foi vereadora por dois mandatos e se tornou a primeira mulher a representar o município na Câmara dos Deputados. Já em seu primeiro mandato, foi a primeira mulher a assumir a presidência da Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados — um desafio e tanto, pois ela assumiu o cargo em plena pandemia. 

No primeiro ano da crise sanitária, a maior parte das atividades parlamentares foi interrompida e as votações estavam restritas ao plenário. As demandas de 2020 foram acumuladas para o ano seguinte, mas sob a presidência da deputada, a comissão tirou muitos projetos da fila. “Tive que acelerar e com o apoio e respeito dos meus colegas, conseguimos votar 160 projetos e realizar mais de 90 audiências públicas”, relata.

A deputada também é titular da Secretaria da Mulher da Câmara e desabafa: ser mulher na política sempre é um desafio, em razão da cobrança que sofre para conciliar o trabalho de fora com a vida doméstica, os estudos, a vida social e o cuidado da família. 

Cuidar da casa e dos filhos ainda é visto muitas vezes como uma obrigação feminina e que os homens não precisam se preocupar. Mas temos conquistado nossos espaços não só na política, mas nas demais funções, provando nossa capacidade, desenvoltura e comprometimento”, comenta Aline.


Esta matéria foi escrita por Débora Brito e está publicada na Edição 37 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação


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