Notícias ESG
Por Marcos Fava Neves, professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto, Chefe do Departamento de Administração e coordenador científico do Markestrat.
O Código Florestal vem sendo discutido em muitas audiências há anos e foi finalmente aprovado pela sociedade, representada por seu Congresso. Muitos brasileiros e parte da imprensa aproveitaram o momento para contrapor a agricultura com o ambiente, gerando um grave dano à imagem da agricultura e promovendo a discórdia.
O mais recente caso, estimulador deste texto, é o debate editado pelo respeitável jornal Valor Econômico (04/05/12), consolidado por três jornalistas. Explicando ao leitor que não teve acesso ao conteúdo, é feita uma chamada na capa com o título “empresários defendem veto a Código Florestal” e a matéria é um debate de respeitáveis executivos e cientistas com trabalhos na área econômica, social e ambiental, advindos de uma Fundação de preservação de matas, uma empresa de cosméticos, de embalagens cartonadas, uma produtora de papel e uma telefônica, além de um cientista da USP.
Sintetizo minha análise em 4 blocos: as principais proposições vindas deste debate; os principais aprimoramentos necessários às visões; as contribuições à imprensa e as considerações finais.
Entre as principais proposicões, temos interessantes ideias. Destacam-se as oportunidades que se abrem ao Brasil de liderar uma nova pauta da economia verde, do menor carbono, de certificações e pagamentos por serviços ambientais. Levantam a ideia de que é necessário produzir mais com menos recursos, reduzir as perdas (estimadas em mais de 20% da produção) e acreditam que com gestão a produtividade pode aumentar. Temos que pensar 100 anos à frente.
Também aparecem a importância de se recompor o orçamento da EMBRAPA e de outros órgãos de pesquisa, sair da clivagem “desenvolvimento x sustentabilidade” e “natureza x urbano”. Chamam a atenção para os gargalos de infraestrutura, para a necessidade de incentivos na correção do que foi feito de errado em desmatamento.
Utilizar a Amazônia como uma fonte de riquezas da biodiversidade lembrando do direito de pessoas que vivem nestas regiões terem atividades econômicas e desenvolvimento.
Lembram também da necessidade de se votar medida provisória que dá acesso a patrimônio genético, a necessidade de se extrair mais renda da visitação das áreas preservadas, se recuperar mais as áreas degradadas e investir no turismo. Destacam-se também as iniciativas de criação dos corredores de biodiversidade entre áreas de reserva legal e APPs.
A segunda parte deste meu texto são os aprimoramentos de visão necessários, por aparecer, em alguns momentos, um desconhecimento do que é o agro brasileiro. Serão apresentadas aqui as frases colocadas no debate, em itálico, sendo algumas agrupadas, e as minhas observações logo após.
“...O código deixou o Brasil na era medieval...”, “...o texto que foi votado é terrível...”.
Esta visão é parcial. Existem melhorias reconhecidas por cientistas no documento e ele tem benefícios de eliminar uma grave insegurança jurídica que assola as propriedades.
“...A expansão da área agrícola é única solução proposta e não se fala uma palavra de produtividade...”; “...O Brasil vai perder o jogo da produtividade, da tecnologia e da inovação e aí vem a solução fácil: derruba mais um pouco de floresta e aumenta a área plantada...”; “...não precisa derrubar mais nada... tem muita área já derrubada...”.
Estas colocações não estão bem feitas. Os cientistas e agricultores brasileiros vêm lutando ferozmente pelo aumento da produtividade. Enquanto no mundo cai a produtividade, no Brasil ela cresce quase 4% ao ano e 50 milhões de hectares foram poupados graças a este esforço. Também é um equivoco achar que precisamos derrubar mais árvores para expansão da produção. Existe parte dos 200 milhões de hectares de pastagens que podem ser usados para futuras áreas agrícolas.
“...A questão dos alimentos não é de produção, é de escoamento...”.
Sem dúvida há muita perda na logística, mas aqui também existe um desconhecimento do que acontece no mundo asiático e africano que cresce a mais de 6% ao ano. A FAO estima que teremos que dobrar a produção em 30 anos, graças ao aumento da população, urbanização (90 milhões de pessoas por ano vão para as cidades), distribuição de renda, biocombustíveis (nos EUA usam 130 milhões de toneladas de milho) e outros fatores. O Brasil é primordial para isto, dito pela UNCTAD e FAO (ONU).
“...Vamos para a Rio + 20 com cara de vergonha...”.
Como já escrevi em outros textos, a vergonha dos cientistas e participantes brasileiros na Rio + 20 não será com o Código Florestal, mas sim em explicar ao mundo porque destruímos o combustível renovável mais respeitado, que é o etanol de cana, aqui dentro do Brasil. É a pergunta que me fazem cientistas internacionais.
“...Estamos exportando commodities de baixíssimo valor agregado...”.
Nesta colocação temos um grave equívoco, até uma ofensa aos produtores e industriais brasileiros. Existe enorme conteúdo tecnológico trazido pelos nossos cientistas dentro de um grão de soja, de café, de um litro de etanol, de suco de laranja, de celulose, de açúcar, de carne bovina. Fora isto, estamos cada vez mais exportando comidas prontas e embaladas.
Os termos de troca são cada vez mais favoráveis as commodities. Vivemos a era das commodities, e chamar nossa pauta de baixo valor agregado chega a ser ingênuo.
“...O projeto votado agora vai contra a maioria da população, que não quer hoje o desmatamento, não quer a redução da floresta nas margens dos rios...”; “...tem quatro brasileiros de cada cinco que estão a favor da Presidente para o veto...”.
Eu desconheço estas pesquisas, e também não creio que foi aprovado um Código Florestal que estimula o desmatamento de novas áreas. É uma mensagem errada que está se passando a população. O agro para se desenvolver, não precisa desmatar.
Na terceira parte deste meu texto tenho algumas contribuições a apontar à imprensa. A primeira vai no sentido de, em debates, equilibrar as opiniões. Neste caso, chamar pessoas que acham que o Código Florestal, com todos os seus problemas, representou avanços ao Brasil. Poderiam ter sido convidados representantes da ABAG, do ICONE, da Cooxupé, da Coamo, da Cosan, da Bunge, da BRF, do Congresso (Deputados Aldo Rebello ou Paulo Piau), de Sindicatos de Produtores, de Trabalhadores.
A segunda é que a manchete dada reflete uma generalização de algo que não é generalizável. Uma pessoa que apenas lê “empresários defendem veto a código florestal”, e boa parte do Brasil lê apenas manchetes, é levada a pensar que houve ampla pesquisa quantitativa e que o setor empresarial brasileiro é contra o Código, quando na verdade isto é fruto do debate de apenas 6 pessoas. Isto as vezes acontece na imprensa, um título (manchete) que tenta generalizar algo que não é generalizável. É preciso cuidado nisto.
A ilustração principal da matéria é uma árvore sendo cortada com uma motosserra. Para sermos mais equilibrados, melhor contribuição seria se a matéria tivesse o título de “sugestões de aprimoramentos ao código” e a imagem fosse propositiva, com equilíbrio de produção e lindas matas, e são inúmeras as imagens no Brasil de propriedades agrícolas certificadas internacionalmente. Apresentar uma mortal imagem de árvore com motosserra foi danoso ao agro. É necessário parar com o “ruralistas x ambientalistas”, esta contraposição é danosa ao desenvolvimento equilibrado do Brasil e é estimulada pela própria imprensa.
Como conclusões, por mais que este processo seja criticado, o código foi democraticamente aprovado pela sociedade brasileira e seus representantes, no Senado e na Câmara.
Na minha singela opinião, pressionar a Presidente para vetar este Código é uma afronta à sua pessoa e à democracia. Dizer que é a principal decisão de seu Governo, ou frases do tipo “vou cair da cadeira se a presidente Dilma não vetar” ou “Dilma escreve o nome dela na história de uma maneira ou de outra: com tintas vermelhas ou tintas azuis” não contribuem.
Este código deve ser aprovado e iniciarmos já os debates para uma próxima versão mais moderna e contemporânea, para ser novamente aprovada daqui 5 ou 10 anos. É preciso avançar sempre, debater sempre e respeitar sempre.
Finalizo dizendo que tenho oportunidade de viajar uma vez por semana e fazer pesquisa com produtores e industriais do setor agro em todos os cantos do Brasil. É necessário sairmos dos nossos escritórios seguros e refrigerados dos grandes centros urbanos, ir ao campo e ouvir esta gente. É destas viagens e pesquisas que vêm nossos textos e livros propositivos.
Conversar, principalmente escutar e sentir a luta do nosso produtor contra o arcaico sistema trabalhista, tributário, logístico, ambiental, sua luta contra a taxa de juros, a falta de crédito, o câmbio, as intempéries climáticas, sua luta contra as pragas e doenças e ouvir atentamente os casos de assaltos e violência aterrorizando as famílias do campo.
Lembrar que o jornal Valor do mesmo dia coloca em seu editorial a preocupação com a rápida deterioração da balança comercial brasileira. Vale ressaltar que esta gente da agricultura vai exportar, em 2012, US$ 100 bilhões e importar US$ 20 bilhões, deixando um saldo de US$ 80 bilhões ao Brasil.
Em 2000 exportávamos US$ 20 bilhões no agro. A exportação cresceu 5 vezes em 10 anos. Renomadas revistas mundiais com a Economist, a Time, Chicago Tribune, Le Monde deram enorme destaque e chamaram isto de silenciosa revolução do campo brasileiro. Quem viaja sabe que temos muito poucos setores admirados lá fora, e este é um setor que joga na primeira divisão mundial.
Se o Brasil vai fechar 2012 com um saldo de apenas US$ 15 bilhões, uma conta simples mostra que sem esta gente do campo, a balança brasileira pularia do saldo de US$ 15 bilhões para um deficit de US$ 65 bilhões. Cairia por terra o Real, voltaria a inflação, cairia a arrecadação de impostos e desapareceriam milhares de postos de trabalho. E também precisaremos devolver nossos microcomputadores, tablets, carros, e todos os outros 25% dos produtos que consumimos, que são importados. Vai também faltar dinheiro para usar perfumes, telefones, cadernos, livros e produtos com embalagens cartonadas.
É preciso respeitar quem traz o caixa do Brasil, quem traz a renda do Brasil, que depois é distribuída fartamente em todos os cantos. É injusto associar esta gente a desmatamento, a motosserra, a destruição, com opiniões dadas sem maior fundamento.
O Brasil terá nos próximos 20 anos a maior e melhor agricultura do mundo, trabalhando dia e noite para ser a mais sustentável nos pilares econômico, ambiental e social. O mundo implora ao Brasil para atender à explosão de demanda por alimentos e bioenergia. Podemos tranquilamente exportar US$ 200 bilhões em 2020 e US$ 300 a 400 bilhões em 2030. Vamos deixar esta gente do campo trabalhar e tentar ajudar.
Temos que aumentar a produtividade, plantar em novas áreas de maneira sustentável, investir em pesquisa, ciência e inovação e caminhar para construir esta agricultura, este “agro-ambiental”, com ideias, nos desenvolvendo com preservação e, com isto, preservando nosso desenvolvimento.
O verdadeiro e mais forte “código” será cada vez mais dado pelo mercado consumidor, fortalecido pelas novas mídias sociais e que caminha rapidamente para não aceitar produtos que não obedeçam certificações respeitadas internacionalmente.
Gerar a discórdia e desrespeitar o agricultor, que é quem coloca a comida na mesa e enche o nosso bolso de dinheiro não deve ser um objetivo dos verdadeiros brasileiros.
"O município de Santo Antônio de Posse, na Regional Centro Paulista (SP), é o mais novo executor do programa Cooperjovem, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Desenvolvido pela unidade estadual do Sescoop (Sescoop/SP) em parceria com a cooperativa de produtores de flores Veiling Holambra e a Secretaria de Educação de Santo Antônio de Posse, o programa formará, a partir de hoje (15/3), 95 professores de sete escolas do município em temas relacionados a cooperação e cooperativismo.
O secretário de Educação, Achille Fosco, declarou ter as melhores expectativas em relação aos resultados do programa no município. “Temos carência de informações sobre o cooperativismo e também a necessidade de formar nossos jovens adolescentes para um programa de trabalho competitivo”, afirmou. Fosco acredita que o Cooperjovem irá contribuir, também, para o crescimento da cidade: “Está claro para nós que o cooperativismo funciona como uma política social para o Brasil”.
A gestora do programa pela Veiling Holambra destaca que desde a instalação da cooperativa no município de Santo Antônio de Posse, há cerca de dois anos e meio, era ideal da instituição investir na cidade que os acolheu. “O Cooperjovem casou com nossa necessidade. É um programa que investe em sustentabilidade e nos jovens. Acreditamos que aderir ao programa é a forma mais viável de contribuir com o município”, ressalta Angélica Lazaroto.
O curso “Educar na cooperação, para a cooperação e o cooperativismo” será realizado uma vez por mês, às quintas-feiras, no período noturno, e vai oferecer um instrumental pedagógico, teórico e metodológico para que os educadores possam vivenciar nos encontros de formação o agir de forma cooperativa. “Ao final do curso de formação, os professores estarão aptos a desenvolver Projetos Educacionais Cooperativos,a partir das disciplinas que ministram, amparados nos princípios e valores do cooperativismo que subsidiarão uma prática cooperativa nas escolas”, avalia a analista de projetos do Sescoop/SP, Marina Capusso. A expectativa é que mais de dois mil alunos do município sejam beneficiados.
Dia 30 de abril é o prazo final para as unidades estaduais do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) entregarem o relatório de gestão 2011. Após análise e consolidação pela unidade nacional, o documento segue para o Tribunal de Contas da União (TCU). Para apresentar o modelo de relatório para 2011, orientar os técnicos responsáveis pelo preenchimento e divulgar prazos e fluxo documental, a assessoria de Gestão Estratégica (Agest) e a Auditoria do Sescoop promoveram nesta segunda-feira (12/3) um encontro na sede da instituição, em Brasília (DF). Estiveram presentes membros de todas as unidades estaduais, além da unidade nacional, representada pela gerência de Planejamento e Controle (Geplan).
“O encontro oportunizou o esclarecimento de dúvidas e questionamentos dos técnicos e viabilizou a troca de experiências entre eles. Esperamos que eles estejam em plenas condições de elaborar os relatórios de suas unidades, observando o cumprimento dos prazos estabelecidos e do processo de envio”, destacou o analista em Gestão Estratégica, Antônio Luiz Feitosa.
Com relação aos prazos, Feitosa destaca a evolução ocorrida ao longo dos últimos anos: “Subiu de 10 (em 2009) para 24 (em 2011) o número de unidades estaduais que entregaram seus relatórios dentro do prazo estipulado, evitando retrabalhos e otimizando resultados”. O analista ressalta, ainda, que o cumprimento do cronograma traz benefícios tanto à unidade nacional, responsável pela análise dos relatórios, quanto para as unidades estaduais. “Um dos quesitos para obtenção de recursos via Fundecoop suplementar diz respeito a cumprimento de prazos. Entre eles, está o da entrega do Relatório de Gestão”, afirmou.
O relatório de gestão do Sescoop observa as recomendações e exigências do TCU e da Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, traz como diferencial nesta edição a sintonia com o enfoque na sustentabilidade, com base nas diretrizes GRI – Global Reporting Iniciative, conforme explica a gerente da Agest, Karla Tadeu Oliveira. “A inclusão do enfoque da sustentabilidade, observando as diretrizes GRI, é um avanço em relação ao modelo do ano anterior. Além de estar previsto no planejamento estratégico do Sescoop como indicador de um dos objetivos, o padrão GRI segue uma tendência observada na maioria das organizações de incluir em seus modelos de gestão o equilíbrio entre os aspectos econômicos, ambientais e sociais”, disse.
Segundo Karla, o modelo de relatório de gestão utilizado pelo Sescoop está se tornando referência, já tendo sido inclusive solicitado como modelo por outras instituições pertencentes ao Sistema “S”. A gestora pontua que com as novidades acrescidas este ano, será possível a confecção posterior de um material consolidado, proporcionando uma visão sistêmica do trabalho realizado pelo Sescoop.
O novo Código Florestal, como aprovado no plenário do Senado Federal nesta terça-feira (6/12), não irá impactar nas metas de redução das emissões dos gases de efeito estufa, assumidas pelo Brasil em Copenhagen, na Dinamarca, de 38%. A afirmação é de pesquisadores do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), que divulgaram um artigo sobre o tema nesta quarta-feira (7/12), com o objetivo de desmistificar percepções equivocadas sobre a questão.
No texto, eles ressaltam que os instrumentos da nova legislação são majoritariamente para recuperação de áreas já desmatadas e, por isso, não teriam influência sobre as metas. Os pesquisadores destacam ainda que o Código Florestal, na verdade, ampliará as possibilidades de recuperação da mata nativa, aumentando assim o seqüestro de carbono.
O artigo foi assinado por Rodrigo Lima, André Nassar, Laura Antoniazzi, e Simone Gonçalves. Acesse o texto na íntegra.
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“Com investimento na juventude, buscamos a sustentabilidade econômica e social das cooperativas. O objetivo é fazer com que eles fomentem o cooperativismo em suas comunidades, através de projetos focados na melhoria de renda e qualidade de vida, voltados também para a produção sustentável”, declarou o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no estado do Amazonas (Sescoop/AM), Adriano Fassini, no 5º Simpósio Amazônia – Uma visão jovem para o futuro sustentável da região, ocorrido nesta terça-feira (8/11), em Brasília (DF).
Fassini, que participou do painel “Formação e Capacitação dos Jovens para o Futuro Sustentável”, apresentou a palestra “Formação de jovens para o cooperativismo sustentável no amazonas”. Em sua exposição, o superintendente apresentou os resultados alcançados pelo Programa Jovens Lideranças, além de outras parcerias firmadas no estado. “Tratam-se de investimentos na formação dos jovens amazonenses com o objetivo de despertar, cada vez mais, nas futuras gerações o interesse pela continuidade do movimento cooperativista e pelo desenvolvimento da região”, pontuou. E complementou: “A ideia é que as cooperativas recebam uma injeção de profissionalismo e façam a diferença nos municípios em que atuam”.
O simpósio, realizado desde 2007 pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (CAINDR) da Câmara dos Deputados, tem por objetivo é discutir, em âmbito nacional, os problemas da Amazônia, buscando o mapeamento de possíveis soluções para a região que detém a maior biodiversidade do mundo. Segundo a organização, o encontro deste ano enfatizou a visão do jovem, trazendo para discussão temas de grande interesse deste público, como “Crescimento Sustentável das Cidades e Geração de Emprego”, e “Formação e Capacitação dos Jovens para o Futuro Sustentável”.
"Disseminar os conhecimentos adquiridos por seus associados a toda a comunidade do entorno, a fim de multiplicar ações que possibilitem a preservação do meio ambiente e a recuperação de áreas degradadas. Com esse foco, a Cooperativa Fumacense de Eletricidade (Cermoful) realiza uma série de projetos e ações de cunho ambiental, que não se restringem ao público interno, nem tampouco a mitigar somente os efeitos de sua própria atuação.
A Cermoful está presente em seis municípios da Região Carbonífera de Santa Catarina, com uma malha de mais de 400 quilômetros de rede instalada. Possui 15 mil associados e 35 mil consumidores. Além do impacto usualmente provocado pela produção de energia e gás, a região onde a Cermoful está instalada foi degradada ao longo do tempo pela mineração e por atividades oleiras. A cooperativa trabalha com o conceito de conscientizar os associados, considerados poluidores em potencial.
Entre as iniciativas da cooperativa destacam-se o programa de educação ambiental, campanhas de distribuição de mudas de árvores nativas e recomposição de matas ciliares, gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes, licenciamento ambiental das redes de distribuição e a retirada dos ninhos de joão-de-barro, depósito para armazenamento de transformadores danificados, programa de eficiência energética, projeto de técnicas de poda e plantio de árvores da rede elétrica, central de recebimento de pilhas e baterias, programa Carbono Zero, programa para redução do consumo de energia elétrica e água para destinação de óleos dos transformadores.
Reconhecimento
Em agosto deste ano, a Cermoful recebeu, pela primeira vez em sua história, a maior premiação ambiental do sul do país: o prêmio Expressão de Ecologia. Entre as concorrentes estavam empresas como HSBC, Tractebel, Portobello, Walmart, Eliane, Epagri, e diversas outras. Com o tema “Gestão Ambiental Cermoful Gera Benefícios a seus Associados”, a empresa fumacense foi uma das 35 vencedoras das 153 ações ambientais inscritas na 18º edição do projeto que entregou o Troféu Onda Verde no Fórum de Gestão Sustentável 2011. (Fonte: Anuário Expressão 2011 de Sustentabilidade)
Teve início na manhã desta segunda-feira (24/10) o curso “Cooperativismo, mercado para o segmento de leite e tecnologia em exame andrológico de bovinos”, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com o objetivo de disseminar técnicas e conhecimentos para a melhoria da qualidade, produtividade e sustentabilidade na produção agropecuária, a turma-piloto dessa primeira experiência de integração entre as instituições é formada por 37 médicos veterinários de 16 estados brasileiros.
Durante os cinco dias de formação no Campo Experimental Sucupira, da Embrapa, localizado no entorno do Distrito Federal (DF), os alunos terão acesso a conhecimentos na área de tecnologia, visando propiciar melhores resultados nos trabalhos desempenhados por eles junto a pequenos e médios produtores rurais cooperados e cooperativas agropecuárias.
“O grande diferencial das cooperativas é o seu capital: gente. Por isso, é necessário investir nas pessoas, por meio da formação e da qualificação profissional”, declarou o presidente do Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, na abertura do curso. Freitas ressaltou a importância da iniciativa, destacando o papel fundamental do cooperativismo para disseminar os conhecimentos adquiridos pelos veterinários. “A Embrapa gera muita tecnologia e informação que podem ser aproveitadas pelas cooperativas. Esta aliança estratégica de cooperação é propícia para transformar o cooperativismo em veículo de transferência de conhecimentos.
O curso de formação para veterinários é uma grande oportunidade de fazer a ponte entre a necessidade da maior empresa de pesquisa agropecuária do mundo, em transferir tecnologia, e a do movimento cooperativista, em colocá-las em prática”, afirmou.
Acompanhando o presidente do Sescoop na abertura estiveram o deputado distrital Joe Valle e o chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Mauro Carneiro. Para Valle, que é proprietário da fazenda Malunga, também no entorno do DF, responsável por grande parte da produção de hortaliças da região “o elo Sescoop-Embrapa é transformador”.
Segundo o deputado, adepto do cooperativismo, a parceria entre as duas instituições é oportunidade ideal para “tirar da prateleira a tecnologia já pronta da Embrapa com a necessidade extensionista do cooperativismo em dar resultados. Carneiro ressaltou a importância do curso para a Embrapa que, segundo ele, atende ao grande anseio da instituição pelo repasse de informações. “Esperamos realizar outros cursos como este para aprofundar cada vez mais essa transferência de conhecimentos”, finalizou.
A Batavo Cooperativa Agroindustrial inaugurou nesta quinta-feira (15/09) a Indústria de Processamento de Leite Frísia, em Ponta Grossa, na região paranaense dos Campos Gerais. O novo empreendimento vai operar com capacidade inicial de processamento total de 650 mil litros de leite por dia, marcando a retomada da Batavo ao mercado de derivados lácteos.
Criada em 1925 por sete produtores imigrantes de origem holandesa, a cooperativa vinha focalizando-se apenas na produção agropecuária para a comercialização de commodities desde 1951, quando formou-se a Central de Laticínios de Paraná Ltda. – atualmente incorporada à BR Foods. Os investimentos na nova indústria de processamento de lácteos somam R$ 40 milhões, na primeira fase, e mais R$ 20 milhões na segunda fase. A Frísia deverá gerar inicialmente 85 empregos diretos e outros 510 indiretos.
Rastreabilidade - A nova indústria da Batavo vai seguir o mesmo processo produtivo rigoroso de rastreabilidade do leite, que transformou a cooperativa em sinônimo de produção com qualidade. No local será industrializado o leite dos associados da cooperativa, até então vendido como commodity. A entrada no varejo não tem data prevista, mas seus produtos serão comercializados por meio de parcerias com outras indústrias, mantendo a marca dos respectivos parceiros. A linha de produtos inclui leite pasteurizado integral, semi-desnatado e desnatado, creme de leite pasteurizado e cru, leite concentrado integral, semi-desnatado e desnatado, alem de leite cru resfriado. Na segunda fase, serão produzidos leite condensado e leites longas vida. O faturamento bruto anual estimado do novo empreendimento é de R$ 129.600.000,00.
Automatização e sustentabilidade - A indústria está automatizada com tecnologia Tetra Pak, líder mundial em soluções inovadoras de processamento e envase de alimentos, o que permitirá que os produtos cheguem a lugares distantes com qualidade e segurança. “Alinhados aos valores da Batavo, a moderna indústria de leite Frísia permitirá a produção de alimentos sempre com a responsabilidade em reduzir os impactos ambientais, construindo um futuro melhor para todas as partes interessadas, desde nossos associados, colaboradores, fornecedores, parceiros comerciais, até a comunidade”, destaca ainda o presidente da cooperativa, Renato Greidanus.
Origem da marca - O nome Frísia vem de uma região da Holanda de onde vieram muitos dos imigrantes que colonizaram Carambeí (PR). Também tem origem nos primeiros gados leiteiros P.O (Puros de Origem) da raça holandesa, que foram responsáveis pelo melhoramento genético e aumento da produtividade e qualidade do leite nos Campos Gerais do Paraná.
(Fonte: Ocepar)
O Encontro Nacional de Educação Cooperativa (Enec), que acontece até amanhã (18/8) na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em Brasília (DF) proporcionou aos participantes uma apresentação realizada pela Fundação Dorina Nowill Para Cegos, instituição sem fins lucrativos e de caráter filantrópico que se dedica à inclusão social das pessoas com deficiência visual.
Na palestra “A inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à educação e à cultura”, a gerente de serviços especializados da fundação, Eliana Cunha, abordou a importância desse trabalho e o papel que o cooperativismo tem a desempenhar nesse processo. “Os principais espaços para inclusão das pessoas com todo tipo de deficiência são as escolas, os ambientes educacionais. Nesse sentido, o cooperativismo tem um papel bastante importante inserindo o ramo educacional nessas discussões”, afirmou.
A gerente de Promoção Social do Sescoop, Andréa Sayar, diz que a intenção do Sescoop ao trazer uma entidade como a Fundação Dorina para falar aos educadores cooperativistas é fazer com que as ações dos programas desenvolvidos pela instituição passem a atender às necessidades das pessoas com deficiência, tornando materiais didáticos, por exemplo, acessíveis a todos. “As apostilas que estão sendo produzidas para implantação do programa Aprendiz Cooperativo a partir de 2012, por exemplo, terão versões escritas, em audiobook e em libras. E o mesmo deverá ser feito com todas as outras ações e projetos do Sescoop”, afirma a gerente.
Na manhã desta quarta-feira (17/8), os participantes do Enec se dividiram em grupos para trabalhar três temas essenciais para nortear a inserção do tema educação cooperativa nas instituições de ensino brasileiras. Na primeira oficina, as equipes debateram a convergência metodológica para a inserção do conteúdo nas escolas. O segundo trabalho foi sobre como estabelecer resultados de qualidade para os programas de Educação Cooperativa e, depois, foram definidos indicadores de resultado para os programas. No último dia do encontro, os participantes irão consolidar os resultados alcançados em cada oficina.
Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), a Escola Municipal Antônio Pinto da Silva, de Amambaí (MS), desenvolve há dez anos um trabalho de inclusão da educação cooperativa no currículo dos alunos dos ensinos fundamental e médio. Estudantes do 6º ao ano 9º anos têm na grade curricular uma disciplina sobre cooperativismo, ministrada por uma professora que trabalha o conteúdo de maneira a integrar todos os alunos com os conceitos do cooperativismo.
“São dez turmas por ano que desenvolvem o conteúdo. O objetivo é manter vivo neles os valores da cooperação e da ajuda ao próximo. Os alunos aprendem, inclusive, a trabalhar em cooperativa”, explica a professora responsável pela disciplina, Kelly Silva Nascimento. A escola Antônio Pinto, cuja direção é da professora Maura Vicentim, é pioneira no Mato Grosso do Sul em trabalhar o cooperativismo dessa forma.
Um dos resultados mais visíveis desse trabalho é a mudança de atitudes dos alunos. “Os alunos dão mais valor para a escola, aprendem a colaborar uns com os outros, o que faz com que eles se interessem mais pelos assuntos escolares”, diz Kelly. E as mudanças não são visíveis apenas dentro da instituição. Fora da sala de aula, os alunos também apresentam melhorias de comportamento, conforme explica a aluna do 9º ano, Lohana Nascimento: “nós levamos isso para fora da sala, usamos no nosso dia a dia, em casa. Aprendemos que não fazemos nada sozinhos - tudo precisa de cooperação, de ajuda”.
Lohana é presidente da cooperativa formada pelos jovens que estudam a disciplina - a CooperArt, que nasceu com a intenção de colocar em prática os conceitos aprendidos em sala. “O cooperativismo despertou nos jovens a vontade de se unir e cooperar em prol da comunidade acadêmica”, explica a diretora Maura Vicentim.
A escola funciona como sede da cooperativa. Os alunos compõem a diretoria, contando com apoio da professora Kelly, que os ajuda no desenvolvimento de seus projetos. “Quando alguém tem uma ideia, a gente leva para a professora, ela analisa e depois leva para a diretoria, que diz se é viável ou não”, conta a aluna Eliane dos Santos, vice-presidente da cooperativa.
De acordo com a coordenadora pedagógica, Vera Lorenzetti, tudo é organizado pelos alunos e decidido por votação: desde a escolha da diretoria da cooperativa, passando pelos projetos que querem desenvolver, até o que fazer com as sobras. A CooperArt trabalha com a fabricação artesanal de cachecóis e outras peças de vestuário, produzidas pelos alunos em teares manuais. Toda a produção é vendida e a renda é revertida para os alunos, que abriram uma conta da cooperativa no Sicredi. “Esse dinheiro pode ser usado para a compra de materiais para os alunos ou em benfeitorias para a escola”, explica a coordenadora.
Esta semana, na sede do Sescoop, em Brasília (DF), educadores cooperativistas de diversos estados estarão reunidos para discutir estratégias de inclusão da formação cooperativa nas escolas brasileiras. O Encontro Nacional de Educação Cooperativa (Enec) será realizado de 16 a 18 de agosto e contará com a participação do senador Cristovam Buarque, que fará a palestra magna traçando um panorama sobre o cenário da educação no Brasil.
(Com informações - Amambaí Notícias)
Mais informações sobre o Enec – clique aqui
Teve início na manhã desta segunda-feira (8/8) o IV Encontro Nacional de Contadores do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Entre contadores, auditores e técnicos das áreas financeiras, 45 profissionais das unidades estaduais e nacional da instituição estão reunidos para uma oficina intensiva sobre as novas regras contábeis que regem o segmento no país.
As normas atendem a necessidades do setor contábil das diversas instituições brasileiras que, com a expansão dos mercados e a globalização da economia, encontrou a necessidade da elaboração de demonstrações contábeis baseadas em critérios uniformes e homogêneos. Tudo isso para garantir que gestores, investidores e analistas de todo o mundo possam ter acesso a informações transparentes, confiáveis e comparáveis nos processos de tomadas de decisões.
Para orientar os participantes e esclarecer as dúvidas com relação aos temas, foi convidado o palestrante Fábio Lira, especialista em Contabilidade e Controladoria pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ), sócio fundador da Escola de Negócios da Paraíba (ENP) e palestrante do Conselho Federal de Contabilidade com atuação em todo o Brasil na área motivacional.
Na palestra de abertura, Fábio Lira apresentou aos participantes os principais temas que serão abordados no encontro e destacou: “Já não existem mais normas contábeis internacionais, agora elas são nacionais. Por isso é necessária uma harmonização entre elas e o acompanhamento eficaz das constantes transformações no cenário econômico”. Segundo Lira, as normas internacionais trouxeram mais transparência e, consequentemente, o Brasil passou a ser mais interessante para os investidores.
O International Accounting Standards Board (IASB) é o órgão responsável por agilizar o processo de convergência e equalização das práticas contábeis mundiais. A instituição emite um conjunto de normas contábeis, denominado International Financial Reporting Standards (IFRS). Este conjunto de normas, de acordo com o palestrante, estabelece e adapta a utilização das normas internacionais já existentes (as International Accounting Standards – IAS) para os demais países do mundo.
O coordenador de Processos da gerência Financeira do Sescoop e responsável pela organização do encontro, Carlos Baena, diz que é fundamental que todos coloquem em prática os temas abordados: “esse alinhamento é importante para que os procedimentos contábeis sejam devidamente padronizados”. Nesta segunda-feira, tópicos como avaliação patrimonial e critérios de depreciação para ativo imobilizado e intangível, e classificação e reversão de despesa nas práticas contábeis aplicadas ao Sescoop movimentaram as discussões entre os participantes.
Durante os três dias de encontro, os participantes discutirão a legislação brasileira referente ao setor: 11.638/2007, 11.941/2009 e MP 449/2008. Na quarta-feira (10/8) a programação prevê uma oficina de trabalho, na qual os conceitos trabalhados no encontro serão colocados em prática.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em julho do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será apresentado nesta quinta-feira, 30 de junho, no fórum Contexto Ambiental e Agronegócio — das conferências da ONU ao dia-a-dia do produtor rural brasileiro. O evento será realizado em Uberlândia (MG) e promovido pelo Portal Dia de Campo.
O ABC busca dar suporte financeiro e apoio técnico para os produtores que desejem adotar práticas agronômicas a fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura e coordenador do Programa ABC, Derli Dossa, apresentará o programa.
Dossa vai falar sobre as linhas de financiamento mais baratas e as taxa de juros compatíveis com o setor. Também vai abordar a adoção de boas práticas agropecuárias e as medidas para neutralizar os gases que afetam a temperatura média do planeta. “Vou mostrar os benefícios que os produtores poderão ter se adotarem as ações previstas pelo programa”, ressalta.
O potencial da agricultura brasileira e os produtos que mais deverão remunerar os produtores no longo prazo também serão demonstrados. Outro tema da palestra será o retorno financeiro proporcionado pelo bom uso das tecnologias e as vantagens competitivas do Brasil na nova agricultura.
O foco principal do evento será o de apontar caminhos práticos para a atividade agropecuária brasileira dentro de modelos sustentáveis, tendo como base o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
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O ABC incentiva a adoção de boas práticas agrícolas e a integração de sistemas produtivos que permitam a redução dos gases de efeito estufa e ajudem a preservar os recursos naturais.
O programa busca difundir uma nova agricultura mais sustentável mediante seis ações a serem adotadas pelos agricultores: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas, recuperação de pastos degradados e tratamento de resíduos animais. Nos próximos dez anos, a meta é deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
Dentro do ABC estão garantidos recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano, mais baixa que o fixado para a maioria das linhas de crédito para agricultura (6,75%). O prazo para pagamento é de 15 anos.
(Fonte: MAPA)
“O desafio de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável está entre os princípios do cooperativismo brasileiro. A busca pela sustentabilidade é, na verdade, parte do nosso DNA”. Assim, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, reafirma o seu apoio a iniciativas que tenham esse objetivo, como o Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), promovido pelo governo federal.
O Programa ABC reflete o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáricas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados por alguns setores produtivos. É também um caminho para tornar a produção brasileira mais competitiva, inclusive diante de barreiras ambientais. Para somar, estão previstos repasse de tecnologias e assistência técnica que irão fomentar a redução e o sequestro de carbono.
Nesse contexto, Freitas ressalta o papel desempenhado pelo setor cooperativista. “Nossas cooperativas trabalham constantemente com foco na sustentabilidade dos seus produtos e processos, com a adoção de técnicas que conciliem eficiência na produção e proteção dos recursos naturais. E, como elas são formadas justamente pelos produtores, estão muito próximas a eles e têm um grande poder de disseminar as boas práticas”, comenta.
Ele conta que, pelo fato do movimento ter essas questões tão arraigadas e já realizar ações dessa natureza, a OCB participou da formatação do programa, a convite da Casa Civil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), coordenador do projeto. “Algumas cooperativas inspiraram, por exemplo, a inclusão de técnicas como o tratamento de dejetos de animais pra a geração de energia, o plantio direto e a fixação biológica de nitrogênio”, conta o presidente da entidade. Com o intuito de propagar e ampliar os conceitos de eficiência na produção e sustentabilidade no sistema, a organização colabora na divulgação e execução do programa ABC.
Programa ABC – Para disseminar seus objetivos, o governo federal tem realizado ações como seminários, além de sua inserção em planos como o Agrícola e Pecuário 2011/2012, lançado no último dia 17 de junho, em Ribeirão Preto (SP), que contém linhas de crédito para adoção das técnicas previstas no programa, com taxas diferenciadas.
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