Programa Agrária de Gestão Rural promove boas práticas de sustentabilidade

Para que uma cooperativa agropecuária possa operar de forma realmente sustentável e alinhada à preservação ecológica, é necessário olhar para o início de toda a cadeia produtiva: as propriedades dos produtores associados. Na Cooperativa Agrária Agroindustrial, que atua há mais de 70 anos no Paraná com produção de sementes, malte, derivados de soja, farinhas e linhas de nutrição animal, esse fator sempre foi levado em consideração. O Programa Agrária de Gestão Rural (PAGR) existe justamente para buscar a evolução do nível das propriedades dos cooperados, que recebem a assistência de assessores técnicos da Agrária, a fim de implantar metodologias e boas práticas agrícolas em suas propriedades visando a garantia da qualidade da matéria-prima.
Iniciativas sustentáveis
Em 2006, a Agrária desenvolveu o Programa Agrária de Certificação Rural (PACR), uma iniciativa interna para melhorar a qualidade da gestão dos cooperados a partir de um sistema de certificação interno e modular. Em 2015, a Agrária se filiou à SAI Platform, uma iniciativa de apoio à agricultura sustentável. Os dois projetos evoluíram e foram unidos em 2017, quando se tornaram o Programa Agrária de Gestão Rural. “Inicialmente, o projeto envolvia áreas como proteção ambiental, saúde, segurança, gente e atendimento aos cooperados. Após implementação do programa, algumas melhorias foram trabalhadas e envolvemos outras áreas como a assistência técnica e a FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária)”, explica Andréia Ramos Partata, coordenadora de gestão da qualidade na Agrária. “O objetivo é desenvolver uma produção sustentável desde as propriedades rurais dos cooperados até a comercialização, valorizando cada vez mais suas práticas e seu produto, aumentando a competitividade diante do mercado consumidor”, afirma a coordenadora.
Aperfeiçoamento contínuo
Dentro do Programa Agrária de Gestão Rural, o enquadramento das propriedades rurais se dá em cinco diferentes níveis de evolução sustentável. A cada nível as demandas vão ficando mais exigentes em prol de uma produção agropecuária mais ecológica. No nível 1, considerado de entrada, por exemplo, o foco está na padronização de processos, coleta seletiva e plano de crescimentos para os níveis seguintes. A partir de então, as propriedades precisam aderir a cada vez mais elementos de gestão, segurança e sustentabilidade, passando por aperfeiçoamentos e obtenção de certificações. O último nível leva em consideração, por exemplo, a proteção de nascentes, a elaboração de planos de gestão e avaliação de biodiversidade, assim como o manejo e a conservação do solo, dentre outros critérios. “O programa passou por diversas melhorias e atingiu o objetivo esperado. Hoje, o PAGR é visto com uma grande iniciativa de sustentabilidade, que busca atender legislações vigentes, rastreabilidade, bem-estar dos colaboradores e boas práticas agrícolas”, diz Andréia ao Cooperação Ambiental.
Uma iniciativa de impacto
Ao todo, 159 propriedades ligadas à cooperativa fazem parte do Programa Agrária de Gestão Rural. Isso quer dizer que cerca de 84% da área total da cooperativa é considerada sustentável. Ademais, por meio do programa, a Agrária alcançou outros feitos, tais quais:
- Certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy Association): a fim de gerar e comercializar créditos de soja.
- Certificação Pró Terra: padrão internacionalmente reconhecido como referência em sustentabilidade ambiental e responsabilidade social, aplicado a qualquer commodity não-transgênica e alinhado aos critérios de Basileia.
- Certificação SAI (Sustainable Agriculture Initiative Platform): uma iniciativa de agricultura sustentável de âmbito internacional. Para o futuro, o plano é seguir melhorando. “O programa já consegue atender uma das principais plataformas de sustentabilidade (SAI) e está em busca de melhoria nos requisitos cobrados e em busca de novas certificações”, finaliza Andréia.
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A Viacredi criou o processo de avaliação de competências, em 2007, e o passaporte profissional, em 2010. O objetivo de ambas as iniciativas é manter a qualidade de trabalho, incentivar os colaboradores a se desenvolverem dentro da cooperativa, e aumentar a comunicação entre os líderes e trabalhadores.
Após uma pesquisa com seus clientes, a Coop identificou a importância do atendimento. A fim de torná-lo mais empático, a cooperativa iniciou, em 2014, o Programa Humanizar, que realiza treinamentos com os colaboradores para que eles tenham uma relação mais próxima com os consumidores.
Região: Sudeste Categoria: Resíduos Sólidos Ação: Integração da cafeicultura à economia circular, com base no reuso, reciclagem e destinação adequada dos resíduos decorrentes da atividade agrícola. ODSs: 2 - Fome zero e agricultura sustentável 11 - Cidades e comunidades sustentáveis 12 - Consumo e produção responsáveis Resultados: Os resíduos orgânicos gerados na indústria cafeeira da Coopfam são usados pelos produtores cooperados no processo de adubação de suas terras. Materiais recicláveis são coletados e destinados à usina local de reciclagem. Resíduos que não podem ser reutilizados ou apresentam risco de contaminação ao ambiente têm a destinação adequada. Lixo eletrônico é comercializado para empresas especializadas, gerando recursos para outras aplicações ambientais.