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Roberto Rodrigues: "as ações de sempre não são suficientes para vencermos os desafios da década do cooperativismo"

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Guarujá (11/10) - O embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, proferiu palestra magna no último dia da Conferência Internacional da ACI-Américas. Único brasileiro a já ter presidido a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Rodrigues falou cerca de uma hora, em espanhol, sobre os rumos do cooperativismo internacional. Bem humorado, falou sobre o atual cenário de transformação mundial e sobre o papel do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável do planeta. Confira:
 
 
INCERTEZAS
"Vivemos um momento de incertezas no cenário internacional. Após a crise financeira internacional de 2008/2009, os países ricos começaram a se recuperar e as nações em desenvolvimento estão tentando encontrar seu espaço. Mas ainda impera um clima de incertezas no ar. Temos a questão dos ataques químicos da Síria, o naufrágio de imigrantes na costa italiana e, agora, estamos vendo ataques de piratas no Atlântico. Nosso Papa Francisco tem contestado o império do dinheiro e vem mostrando querer mudanças na sociedade. Nesse cenário, o cooperativismo tem a oportunidade de despontar como uma terceira via de desenvolvimento sustentável".
 
 
TERCEIRA VIA
"As cooperativas são filhas da crise. Foi assim em Rochadale (berço da primeira cooperativa do mundo, na Inglaterra), foi assim após a queda do muro de Berlim. E é nesse novo momento de crise e de transformações que o cooperativismo vai se consolidar como a terceira via do desenvolvimento. Temos de abraçar essa oportunidade para crescer e ganhar visibilidade".
 
 
DESENVOLVIMENTO
"Todo mundo sabe que, em breve, seremos mais de 9 bilhões de pessoas no mundo e teremos de dobrar a produção de alimentos para conseguir alimentar todas essas pessoas. E esse aumento de produção tem de ser feito sem impactar o meio ambiente, sem poluir as águas, sem aumentar o efeito estufa. E precisamos, sim, cuidar do meio ambiente. Mas também temos de continuar a produzir e a crescer. Não é um desafio fácil, mas o cooperativismo tem ferramentas para nos ajudar a vencer esse e outros desafios".
 

COMO NOS POSICIONAR?
"Somos empresas, sim. Não temos de fugir disso. Mas somos empresas que trazem felicidade para as pessoas. Somos empresas com valores. E não temos de viver nesse embate sobre o que é mais importante: a preocupação social ou os resultados econômicos. Temos de fazer um balanço entre esses dois importantes atributos. Temos de assumir nossas fraquezas e transformá-la em força. Somos empresas, sim. Mas empresas baseadas em valores humanos, na justiça e na ética.  E temos de fazer marketing, sim. Mas com o seguinte cuidado: temos de fazer propaganda dos nossos valores. Não apenas dos nossos produtos".
 
 
PRÊMIO NOBEL
"Além de nos posicionar de uma forma mais forte no mercado, quero ver os cooperativistas de todo o mundo defendendo a candidatura do cooperativismo ao Prêmio Nobel da Paz. Precisamos trabalhar, juntos, por esse reconhecimento. Cada cooperado e cada cooperativa do mundo de tem de fazer a sua parte para reconhecer e valorizar nosso trabalho pela paz."
 

HOMENAGENS
"Estamos em ano de eleição na ACI e, como cooperativistas, vamos defender o nome do Dr. Eudes Aquino, presidente da Unimed do Brasil, para ocupar o cargo de conselheiro da ACI. Essa posição é ocupada hoje por Américo Utumi, meu amigo he mais de 40 anos e, hoje, um heroi nacional do cooperativismo".

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