ANS estimulará projetos de atenção primária à saúde

Brasília (4/3/20) – Cooperativas médicas e odontológicas podem participar da seleção do Projeto Cuidado Integral à Saúde - Projetos-Piloto em Atenção Primária à Saúde (APS), lançado na última semana pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O prazo de inscrição vai até o dia 20/3. Basta acessar o formulário Formsus. O edital completo – com os requisitos e critérios da seleção das operadoras – pode ser acessado aqui.

O Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde foi instituído pela Resolução Normativa nº 440, de 13 de dezembro de 2018. A medida visa incentivar as operadoras de planos de saúde a desenvolverem um cuidado cada vez mais qualificado aos seus beneficiários, por meio da implantação de redes de atenção ou linhas de cuidado certificadas por entidades acreditadoras reconhecidas pela ANS.

A primeira iniciativa é o Programa de Boas Práticas em Atenção Primária à Saúde (APS). A proposta é estimular a qualificação, o fortalecimento e a reorganização da atenção primária, por onde os pacientes devem ingressar preferencialmente no sistema de saúde. O programa é destinado apenas às operadoras de planos de saúde, que podem participar de duas formas: obtendo a certificação em APS ou implementando projetos-piloto em APS.

As operadoras participantes do Projeto Cuidado Integral à Saúde obterão uma pontuação bônus na Dimensão de Qualidade em Atenção à Saúde do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar, conforme estabelecido na Ficha Técnica com a descrição detalhada do indicador Participação em Projetos de Indução da Qualidade da ANS, disponível no Portal da ANS.

 

COOPERATIVAS

O sistema cooperativo de saúde tem, cada vez mais, voltado seu foco para a Atenção Primária à Saúde (APS), entendido como a forma de atendimento nos serviços de saúde na qual um profissional médico capacitado guia as pessoas em plano personalizado de cuidado. São atributos essenciais da APS: acesso e primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação da atenção.

 

UNIMED

O Sistema Unimed acredita que o indivíduo deve ser cuidado integralmente. Muitos falam de visão 360 graus e da pessoa no centro de toda a atenção. É assim que as Unimeds estão se organizando: para que o beneficiário esteja e venha em primeiro lugar, como foco da manutenção da saúde, com acompanhamento contínuo, buscando-se reduzir riscos e adoecimento e com adequada assistência, em caso de doença e reabilitação.

 

UNIODONTO

A Uniodonto do Brasil, em parceria com a Comissão de Saúde Suplementar do Conselho Federal de Odontologia, está definindo os locais de execução do projeto piloto em Atenção Primária em Saúde, com o objetivo de colocar em prática um modelo assistencial experimental na saúde suplementar.

Para o representante do CFO na ANS, Cleso André Guimarães Junior, o diálogo com a Uniodonto do Brasil também permite melhor entendimento acerca do sistema de cooperativismo no país, em que o cirurgião-dentista possui voz ativa no modelo de trabalho. “A expectativa é que o projeto piloto permita diferentes modelos de remuneração que agregam valor à prestação de serviços ofertados pelos Cirurgiões-Dentistas credenciados às operadoras de planos odontológicos. O projeto piloto integra o conceito do Coletivo de Remuneração da Odontologia Suplementar (CROS), no âmbito do Programa de Qualificação dos Prestadores de Serviços de Saúde (Qualiss)”, destacou.

 

SESCOOP

Enquanto isso, observando esse movimento da saúde suplementar brasileira, o Sescoop, que integra o Sistema OCB, em conjunto com o Sistema Unimed, aprovou no fim do ano passado o projeto de formação de Recursos Humanos em Atenção Primária à Saúde (APS).

O objetivo é capacitar profissionais de saúde para atuação no modelo de Atenção Integral à Saúde, por meio dos atributos da APS, como reforço ao movimento de mudança do modelo assistencial, possibilitando a melhoria da qualidade dos serviços prestados, otimização de recursos, estruturação de rede de cuidados, entre outros.

A iniciativa de desenvolvimento profissional terá duração de 200 horas. A expectativa é de que mil profissionais sejam capacitados (entre médicos cooperados, enfermeiros e gestores de APS ligados às cooperativas do Sistema Unimed). 

 

(Fonte: Com informações da ANS)

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